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Política

Maior cidade da Rota, Capital será destaque no desenvolvimento, diz prefeita

Adriane recebeu delegações na Expogrande e considera que Capital ganha por estar no coração da América do Sul

Por Maristela Brunetto | 09/04/2024 18:24

A Prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, do PP, encampou a Rota Bioceânica como um ponto de corte para o desenvolvimento da cidade. Ela cita Campo Grande posicionada no “coração da América do Sul” e, apontando-a como a maior cidade do caminho rodoviário até portos chilenos, com a conexão brasileira aos demais países em Porto Murtinho, tem muito a ganhar com a viabilização da iniciativa antiga que deslanchou nos últimos anos.

A prefeita visitou o Campo Grande News na tarde desta terça-feira e comentou que, ao apostar nessa frente para o desenvolvimento econômico da cidade, foi criado um escritório de negócios, estabeleceu-se diálogo com representantes dos outros países envolvidos (a rota passará pelo Paraguai, Argentina e Chile) e mencionou que, por sua iniciativa, criou-se um trabalho de governança da Rota, para manter viva sua história até à concretização. Segundo Adriane, trata-se de um universo de 20 milhões de pessoas a ser atingido pela rota comercial, que vai encurtar distâncias para importações e exportações envolvendo países asiáticos e até mesmo a integração dos envolvidos, com impulso ao turismo.

Adriane comenta que, ao assumir, com a renúncia do então prefeito Marcos Trad, para disputar o Governo do Estado, decidiu se aproximar de setores da economia. Ela considera que a longa obra de revitalização do centro da cidade criou uma rusga com o setor do comércio e ainda havia uma distância do setor industrial.

Ela aponta que é preciso manter a interlocução, uma vez que tratativas de investimentos ocorrem no setor privado e ao poder público cabe o papel de fazer conexões. Ela cita como exemplo o interesse da Aena, que administra o Aeroporto Internacional de Campo Grande de ampliar voos, incluindo análise de viabilidade para países vizinhos, da Rota. “Nós estamos abrindo as portas para o desenvolvimento de Campo Grande de forma prática”.

A prefeita menciona, ao longo da entrevista, vários contatos com pessoas do poder público e setor privado nos países envolvidos, citando a visita de chilenos, paraguaios e argentinos ao estande da prefeitura, na Expogrande, e perspectiva de concretização de negócios.

Ela considera que é preciso ofertar o espanhol nas escolas, hoje havendo apenas a opção do inglês; menciona que a Prefeitura adotou uma “revolução na educação” ampliando salas de aula e investindo na revitalização de 205 escolas e valorização de professores.

Prefeita, em visita ao Campo Grande News: Capital em posição estratégica na Bioceânica (Fotos: Paulo Francis)
Prefeita, em visita ao Campo Grande News: Capital em posição estratégica na Bioceânica (Fotos: Paulo Francis)

Pensando em preparar a cidade, acreditando que pode se tornar um hub logístico, o que implica em trazer trem à cidade para integração. Há plano para conectar a ferrovia que vem de Mato Grosso, a Malha Norte, com o trecho da Malha Oeste entre Três Lagoas e Campo Grande, sendo Aparecida do Taboado o ponto de conexão e também acesso a São Paulo.

Entre os desafios para embarcar no desenvolvimento que a Rota oferece, a prefeita aponta aperfeiçoamento da educação, menciona a hipótese de inclusão do espanhol no ensino, que hoje oferece somente o inglês.

Recém-completados dois anos de gestão, Adriane analisou como um desafio grandioso alcançar feitos na gestão pública em um prazo curto, quando até mesmo em um mandato inteiro não se alcança o proposto. Ainda assim, considera que houve avanço expressivo no controle das despesas, reduzindo o comprometimento da receita com a folha de pessoal.

Um gargalo mencionado por ela é a dificuldade de levar asfalto para as dimensões da cidade, citando o déficit de mil quilômetros, uma reivindicação permanente de moradores.

Adriane deve concorrer à reeleição e diz que sua pretensão é apresentar uma administração que seja modernizada, reconhecendo que há serviços que nem mesmo são conectados, antigos, pensando em avanços para “facilitar a vida das pessoas”.

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