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Política

Missão de denunciar investigados sobra para novo chefe do MPE

Relatório de investigação sobre cassação de Alcides Bernal é analisado na PGJ; ninguém fala quantos serão denunciados

Paulo Yafusso | 24/04/2016 08:54
Humberto de Matos Brittes deixa a chefia do MPE no início de maio (Foto: Arquivo)
Humberto de Matos Brittes deixa a chefia do MPE no início de maio (Foto: Arquivo)
Paulo Passos, que assume a PGJ em maio (Foto: Fernando Antunes / Arquivo)
Paulo Passos, que assume a PGJ em maio (Foto: Fernando Antunes / Arquivo)

Os investigados na Operação Coffee Break terão pelo menos mais duas semanas de tranquilidade. É que uma coisa já está certa no MPE (Ministério Público Estadual): não caberá ao atual procurador-geral de Justiça, Humberto de Matos Brittes, a missão de oferecer denúncia contra os suspeitos. Ele deixa a PGJ (Procuradoria-Geral de Justiça) na primeira semana de maio e o pedido à Justiça para que os acusados sejam processados ficará por conta do novo chefe do MPE, Paulo Passos.

Evitando falar sobre o assunto, Matos Brittes limitou-se a dizer que seis promotores de justiça ainda estão analisando o relatório entregue pelo coordenador do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), promotor de justiça Marcos Alex Vera de Oliveira. “São 5 mil documentos que estão sendo analisados, e acredito até que o doutor Paulo Passos vá levar ainda um bom tempo para analisar o caso”, resumiu o atual procurador-geral do MPE.

O novo titular do PGJ, Paulo Passos, afirmou que caso a análise do relatório fique pronto, já no início do seu mandato vai oferecer denúncia contra os investigados. Ninguém no MPE informa quantos deverão ser denunciados.

Mas, o Campo Grande News apurou que alguns nomes que não estavam na lista inicial de suspeitos, aparecerão na denúncia a ser feita ao Judiciário.

A Operação - A Operação Coffee Break foi deflagrada pelo Gaeco no dia 25 de agosto do ano passado, para investigar suposto esquema de compra de vereadores, com dinheiro ou vantagens, para a cassação do então prefeito Alcides Bernal (PP). Logo após a ação em que vários políticos e empresários foram conduzidos coercitivamente ao Gaeco para prestar depoimento, o então prefeito Gilmar Olarte (PP) e o presidente da Câmara de Vereadores à época, Mário César (PMDB), foram afastados do cargo por determinação judicial.

Meses depois, Mário César conseguiu na justiça voltar a cumprir o mandato de vereador, mas não pode reassumir a presidência. A Câmara então elegeu novo presidente, o vereador João Rocha, do PSDB.

Em dezembro do ano passado, ao anunciar que havia concluído o relatório preliminar da Coffee Break e que o documento estava sendo entregue ao PGJ Humberto de Matos Brittes, o coordenador do Gaeco, Marcos Alex Vera de Oliveira, disse à imprensa que, com base nas investigações, ficou constatado o envolvimento na cassação de Bernal, de 13 vereadores, dois ex-prefeitos e empresários.

Ainda de acordo com a investigação, o afastamento do prefeito tinha como objetivo manter um esquema que beneficiava as empresas, cujos proprietários estiveram diretamente envolvidos no esquema criminoso. A operação levou o nome de Coffee Break, em referência ao termo usado por vários investigados, que ao se referirem a pagamento de propina, falavam em “cafezinho”.

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