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Política

Operação só apurou 10% e pode haver delações, diz chefe da PF

Contratos investigados até agora somam R$ 200 milhões

Mayara Bueno | 11/05/2016 07:48
Policiais federais deflagraram a 2ª fase da Lama Asfáltica, na terça-feira (10). (Foto: Fernando Antunes)
Policiais federais deflagraram a 2ª fase da Lama Asfáltica, na terça-feira (10). (Foto: Fernando Antunes)

A Operação Lama Asfáltica, que investiga supostos desvios de recursos de obras estaduais, apurou apenas 10% dos contratos estaduais e não descarta o recurso da delação premiada, afirmou o superintendente da PF (Polícia Federal), Ricardo Cubas Cesar, em entrevista, nesta quarta-feira (11), ao Bom Dia MS, da TV Morena. Na terça-feira (10), ocorreu a segunda fase da operação, a chamada Fazendas de Lamas, que resultou na prisão de 15 pessoas.

Segundo o superintendente, a investigação é complexa e apura contratos que somam R$ 2 bilhões, dos quais apenas R$ 200 milhões já foram fiscalizados. Ricardo disse que há “fortes indícios” de irregularidades em 20% deste total, somando quase R$ 40 milhões.

Sobre uma possível delação premiada, o superintendente afirmou a possibilidade, lembrando que aquele que colabora, por meio do acordo na Justiça, pode ter algum benefício ou até mesmo o perdão da pena.

Ontem, a Polícia Federal confirmou que, nesta segunda fase, foram identificados desvios de R$ 44 milhões em desvio de recurso público e que foi formada uma rede de “laranjas”, composto por familiares e terceiros, para lavagem de dinheiro. Os valores foram transformados em fazendas, principalmente, que totalizam 67 mil hectares espalhados pelo Estado.

Nesta manhã, Ricardo afirmou novamente que tais laranjas estavam conscientes de que os nomes estavam sendo utilizados para este fim. Por fim, disse que, por enquanto, a fase é de investigação, ainda sem condenação, e que a operação não se limitará a segunda fase.

Presos - A prisão é temporária, com validade de cinco dias. Veja a lista: João Alberto Krampe Amorim dos Santos (dono da Proteco Construções Ltda), Elza Cristina Araújo dos Santos (secretária e sócia de Amorim), Renata Amorim Agnoletto (filha de João Amorim), Ana Paula Amorim Dolzan (filha de João Amorim), Ana Lúcia Amorim (filha de João Amorim), Edson Giroto (ex-secretário estadual de Obras e ex-deputado federal);

Além de Rachel Rosa de Jesus Portela Giroto (esposa do ex-secretário), que já foi solta na madrugada de hoje, Wilson Roberto Mariano de Oliveira - Beto Mariano (servidor), Mariane Mariano de Oliveira (filha de Wilson Mariano), Ana Cristina Pereira da Silva, André Luiz Cance (ex-secretário adjunto da Secretaria Estadual de Fazenda), Flávio Henrique Garcia (empresário), Evaldo Furrer Matos, Maria Vilma Casanova e Hélio Yudi Komiyama (servidor).

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