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Política

Para observador, clima foi de transparência no referendo

Redação | 25/01/2009 18:27

O presidente do Parlamento do Mercosul, deputado federal Doutor Rosinha (PT-PR) que acompanhou o referendo de hoje na Bolívia acredita que a consulta ocorreu com "transparência e garantia de democracia".

Ele monitorou votações em seis pontos na cidade de El Alto e disse que o clima foi de tranqüilidade e de forte participação popular.

"Havia filas nas sessões eleitorais e não percebi nenhum tipo de intimidação. Não havia propaganda de boca-de-urna. O que percebi foi um clima de transparência e de garantia democrática como o referendo que ocorreu em agosto", afirmou o deputado à Agência Brasil.

Esta é a segunda vez em seis meses que os bolivianos vão às urnas. Em agosto de 2007, Evo Morales ganhou 67% dos votos em um referendo sobre seu mandato na presidência.

Além de Rosinha, outros 23 observadores do Parlamento do Mercosul acompanharam as eleições, inclusive do Departamento (estado) de Santa Cruz, governado pelo oposicionista Rubén Costas.

A votação terminou às 16 horas na Bolívia, 17h em Mato Grosso do Sul.

O referendo foi alvo de críticas da oposição que questionou a transparência da consulta. Mas não houve registro de violência ou tumulto na fronteira com Mato Grosso do Sul, segundo o jornal Diário Corumbaense.

O projeto que foi votado pelos bolivianos inclui 411 artigos que ampliam o controle do Estado sobre a economia e expandem direitos das populações indígenas.

As propostas dão mais autonomia para os Departamentos (estados), que poderão ter legislativos locais; limitam os latifúndios; e permite que os 36 povos indígenas originários bolivianos (uma minoria que não faz parte das duas grandes etnias do país, o quíchua e o aimara) poderão ter sistemas de Justiça próprios.

Se aprovada, a nova Constituição também deve mudar radicalmente as instituições bolivianas e o modo como o Estado se relaciona com o setor privado. Empresas estrangeiras poderão ter problemas para remeter lucros para seus países de origem, porque a nova legislação exige que eles sejam reinvestidos na Bolívia.

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