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Política

Populares se dividem em relação a Comissão Processante contra Bernal

Bruno Chaves e Luciana Brazil | 15/10/2013 13:09
Sessão foi tumultuada (Foto: Cleber Gellio)
Sessão foi tumultuada (Foto: Cleber Gellio)

Cerca de 500 pessoas acompanharam, nesta terça-feira (15), a instalação da Comissão Processante na Câmara Municipal para investigar o prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP). Em uma sessão tumultuada, com direito a telão na parte de fora da Casa de Leis para aqueles que não puderam entrar no plenário, populares e vereadores ficaram com os ânimos exaltados e se dividiram quanto a possibilidade de cassação do mandato do prefeito.

Para o servidor público estadual Geraldo Celestino de Carvalho, 49 anos, cassar o prefeito no momento político que a Capital vive não é bom “nem para Campo Grande, nem para a população”. Geraldo acredita que os vereadores fiscalizam de forma correta o Executivo, “mas essa fiscalização está muito rigorosa porque outras pessoas fizeram coisas erradas e nada foi feito”.

Já o líder comunitário João de Carvalho acredita que a minoria das pessoas que pedia pela não comissão processante contra Bernal é formada por aquelas que estão com medo de perder o emprego. “Lá dentro [prefeitura] tem um pequeno grupo de gente que está com medo disso. Mas eles não representam nada e não representam a população. Se o povo tivesse apoiando o Bernal, aqui fora estaria cheio”, opina.

Uma funcionária pública municipal de 58 anos, que preferiu não se identificar por medo de represálias, disse que trabalha na prefeitura há 28 anos e nunca viu um prefeito com atitudes iguais a de Bernal. “Ele não ouve ninguém. Ele não ouve conselho de ninguém. Ele acha que é o todo poderoso e por isso está se ferrando. Tem que se ferrar mesmo. Ele não atende nenhuma liderança de bairro porque acha que é o rei da cocada”, afirma.

Ao contrário da funcionária pública municipal, o segurança Wagner Aparecido, 38 anos, não ficou satisfeito com resultado da votação que aprovou a comissão processante. Ele disse que não tem o porquê de abrir a cassação contra o prefeito. “Se tivesse alguma coisa errada, a Polícia Federal já estaria na prefeitura”, acredita.

Para completar, o comerciante Abadio Ortega, 47 anos, disse que a cassação é uma falta de respeito com o povo. “O PMDB ficou 20 anos no poder e nunca teve uma CPI [Comissão Parlamentar de Inquérito]”, avaliou.

Das 500 pessoas que estiveram na sede do Legislativo Municipal, 360 acompanharam a votação no plenário e cerca de 100 ficaram do lado de fora do prédio, acompanhando a sessão por um telão. Os trabalhos foram bem tumultuados.

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