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Política

Prefeito de Jardim vê no reajuste de servidores seu primeiro grande desafio

Graziela Rezende | 28/07/2013 09:34
Erney diz que só pode dar 6% de reajuste; servidores querem o dobro (Foto: Arquivo)
Erney diz que só pode dar 6% de reajuste; servidores querem o dobro (Foto: Arquivo)

O diálogo com mil servidores públicos, que pleiteiam desde o início do ano um reajuste de ao menos 12% na folha de pagamento, o dobro do que a administração municipal considera possível, aliado ao alto índice de gastos da Prefeitura de Jardim, distante 233 quilômetros da Capital, já se qualifica como sendo o ‘maior desafio’ para o advogado Erney Cunha Bazzano Barbosa (PT), após uma semana em que tomou posse como prefeito.

“Vou ter de dialogar muito com eles, algo agendado para esta semana com o sindicato dos servidores públicos do município. Falo isso porque temos de agir conforme a realidade do município, que contabiliza 52% de gastos com pessoal, sendo que o máximo previsto é de 53%. Estamos no limite e acredito que o aumento será somente o constitucional, de 6%”, afirma o prefeito.

Após um levantamento, o gestor fala ainda que além da dificuldade financeira para dar conta dos ajustes na máquina, outro problema encontrado seria o andamento das licitações. “Precisamos finalizar algumas que tratam da compra de medicamentos, construção de uma ponte e reformas por conta das chuvas do início do ano e consumo administrativo”, conta Erney Barbosa.

Na área médica, com a contratação de novos profissionais no município, o desafio será repor os meses em que eles estão sem salário. “Alguns médicos não recebem desde o início do ano e já recebemos muitas reclamações. Eles precisam trabalhar muito para diminuir a lotação no hospital, como ocorre no Marechal Rondon”, relata ao Campo Grande News o prefeito.

Com as demandas a serem cumpridas, o prefeito pretende permanecer aliado aos oito vereadores da base e ainda manter um bom relacionamento com a presidente da Câmara, Cláudia Vanessa Barbosa (PMDB) que segundo ele é “neutra” e ainda com os vereadores Guilherme Monteiro (PSDB) e Mário Oliveira (PDT).

Projetos: Nos sete dias em que está frente à prefeitura municipal de Jardim, Erney Barbosa ressalta que esteve em Campo Grande na terça-feira (23), discutindo o plano de projetos básicos do município, na Funasa (Fundação Nacional de Saúde), além da reunião com homens da Sanesul (Empresa de Saneamento do Estado de Mato Grosso do Sul), para falar sobre a liberação de R$ 9 milhões em recursos.

“Será destinado para a rede de esgoto, além da compra de equipamentos e aterro sanitário. E ainda temos projetos cadastrados, como a revitalização rodoviária, além da praça Alino Ribas, a pavimentação asfáltica da avenida Brasil e continuidade da obra de uma creche municipal, parada desde 2006”, finaliza o prefeito.

Eleição suplementar: O petista Erney foi eleito com 2.211 votos a mais que o adversário Gláucio Cabreira da Costa (DEM). Ele recebeu 7003 votos, 59,4% do total apurado. Já Gláucio, que teve 4.821 votos (40,6%), tinha o apoio de PSDB, PRTB e PSDC.

Jardim é o maior colégio eleitoral entre os três municípios que realizaram eleição suplementar. Os outros são Figueirão e Bela Vista. O pleito em Jardim ocorreu depois que o Tribunal Regional Eleitoral cassou os diplomas do prefeito, Marcelo Henrique de Mello (PDT), e do próprio vice, Erney Cunha Bazzano Barbosa. Como a dupla recebeu mais de 50% dos votos, o TRE convocou nova eleição.

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