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Política

Propaganda e advogados tornam campanha de MS 2ª mais cara no País

Ludyney Moura | 12/09/2014 16:15
O candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja, registrou o maior déficit nas arrecadações de campanha (Foto: Divulgação/Jéssica Barbosa)
O candidato do PSDB, Reinaldo Azambuja, registrou o maior déficit nas arrecadações de campanha (Foto: Divulgação/Jéssica Barbosa)
Delcídio do Amaral, candidato do PT que ontem recebeu Lula na Capital, foi o que mais gastou com advogados, R$ 1,2 milhão (Foto: Marcelo Victor)
Delcídio do Amaral, candidato do PT que ontem recebeu Lula na Capital, foi o que mais gastou com advogados, R$ 1,2 milhão (Foto: Marcelo Victor)
Já Nelsinho Trad, candidato do PMDB, foi o que mais investiu em produção cinematográfica, R$ 2,7 milhões (Foto: Divulgação)
Já Nelsinho Trad, candidato do PMDB, foi o que mais investiu em produção cinematográfica, R$ 2,7 milhões (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul alcançou o ranking de segunda campanha mais cara do país, atrás apenas do Estado de São Paulo, com gastos de R$ 31 milhões. De acordo com a prestação de contas feitas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral), os maiores custos são com propaganda, candidatos e advogados.

À frente na arrecadação, com receitas de R$ 10,5 milhões e gastos de R$ 13 milhões, o candidato do PT ao Governo do Estado, senador Delcídio do Amaral repassou ao escritório Newley, Romanowski, Araújo & Guerra Advogados Associados R$ 1,2 milhão , pelos serviços advocatícios prestados durante a campanha, e que podem ser vistos no alto número de representações que a coligação petista tem feito junto ao TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Delcídio também investiu pesado em propaganda. A MB Produções Cinematográficas recebeu R$ 400 mil por serviços de produção de programas de rádio, televisão ou vídeo, enquanto a FSB Comunicações e Markenting recebeu outros R$ 1,08 milhão e a FSB Comunicações ficou R$ 473,6 mil. O maior gasto da campanha petista foi com os candidatos proporcionais da chapa, que juntos receberam pouco mais de R$ 8,6 milhões da majoritária.

Nelsinho Trad, ex-prefeito da Capital e candidato do PMDB a governador, que apresentou um déficit de arrecadação de quase R$ 2 milhões, já que declarou receitas de R$ 4,8 milhões e despesas de R$ 6,7 milhões, também gastou boa parte disso com repasse para os candidatos a deputados estadual e federal, R$ 2,4 milhões das doações de campanha.

O peemedebista também gastou com advogados. Dois escritórios de Campo Grande, o Fábio Leandro Advogados Associados e o Raghiant, Torres & Medeiros Advogados Associados receberam cada um R$ 100 mil de honorários do ex-prefeito. Os maiores gastos de Nelsinho são com propaganda. Apenas a VCA Produções embolsou R$ 1,8 milhão, a MV Comunicação e Planejamento ficou com outros R$ 200 mil e a Mais Cinco Cinco Comunicação e Markentig levou R$ 939,2 mil, todas pelos serviços de “Produção de programas de rádio, televisão ou vídeo”.

Com o maior déficit de campanha, o deputado federal Reinaldo Azambuja, candidato do PSDB ao Governo do Estado, que arrecadou pouco mais de R$ 3 milhões, mas que gastou R$ 11,1 milhões, pulverizou bastante as despesas declaradas à Justiça Eleitoral.

Os maiores repasses feitos pelo tucano são para a M2 Comunicações, que prestou serviços de produção de programas de rádio, televisão ou vídeo , e recebeu R$ 1,350 milhão, mesmo valor pago à Pensar Comunicação Planejada, pelos serviços de pesquisas ou testes eleitorais. Reinaldo também repassou pouco mais de R$ 1,1 milhão para seus candidatos a deputado federal e estadual, e R$ 100 mil para que o escritório Rizkallah Advogados Associados prestasse serviços advocatícios para os tucanos do Estado.

Evander Vendramini, candidato do PP a governador, não contribuiu para o déficit de R$ 12,5 milhões que as campanhas majoritárias sul-mato-grossenses tiveram. O pepista arrecadou R$ 59,720 mil, dos quais R$ 50 mil vieram da Multinacional JBS, doador originário da campanha de Alcides Bernal (PP) ao Senado, e gastou R$ 25,934, sendo que a maior parte deste total, R$ 20,570 com publicidade por materiais impressos, e apenas R$ 600,00 com produção de jingles, vinhetas e slogan.

O candidato do PSTU, professor Monje, arrecadou R$ 1.053,07, mesmo valor gasto com despesas registradas como “baixa de recursos estimáveis em dinheiro”. Sidney Melo, do PSOL, não declarou receitas e despesas de campanha.

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