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Política

André ataca governo federal e não vai à posse de Dilma

Fernanda França | 01/01/2011 12:32
Durante entrevista à imprensa, Puccinelli atacou o ministro do Trabalho, Carlos Luppi (Foto: João garrigó).
Durante entrevista à imprensa, Puccinelli atacou o ministro do Trabalho, Carlos Luppi (Foto: João garrigó).

O governador André Puccinelli (PMDB) avisou hoje que não vai à posse da presidente eleita Dilma Rousseff (PT), que acontece hoje à tarde em Brasília. Durante discurso no Centro de Convenções Rubens Gil de Camilo, ocasião em que os secretários de Estado foram empossados, ele também atacou o governo federal, mais especificamente o ministro do Trabalho, Carlos Luppi.

Puccinelli foi irônico ao agradecer à União pelos recursos repassados para investimentos no Estado, lembrando que Mato Grosso do Sul é o último ente federativo na lista de repasses voluntários.

Mesmo assim, desejou que Dilma faça um bom governo e que não permita a implantação do terror no Brasil.

“Mesmo que fosse meu Serra (José), eu não iria à posse, mas desejo que Deus a ilumine e dê sabedoria, porque não podemos ter terror no nosso País”, alfinetou.

Puccinelli destacou que nunca omitiu a participação do governo federal nos investimentos feitos no Estado. Mesmo assim, fez questão de frisar que o maior feito de sua administração, que é o programa “MS Forte”, tem 80% de recursos próprios.

O governador também fez duras críticas ao ministro do Trabalho, Carlos Luppi, destacando que tentou falar com o pedetista por três vezes, mas que ele não se dignou nem a atender aos telefonemas.

Questionado sobre o que falaria nestas audiências, que não aconteceram, Puccinelli disse que nem se lembra mais, porque “esqueceu o Ministério do Trabalho”.

“Em italiano, Luppi, todo final i é sinônimo de Luppo, é uma alcatéia. Nas três vezes que nos direcionamos ao ministro, ele sequer nos atendeu, nem retornou as ligações. Para parametrizar, a estatura dos homens se faz pelas suas realizações e ações”, disparou.

Sobre a possibilidade da retaliação ter acontecido pelo fato do PDT ser seu inimigo político no Estado, Puccinelli disse que não sabe “e nem quer saber”.

Boa relação

Sobre a relação com Dilma Rousseff, após ter sido o único governador do PMDB a não apoiá-la nas eleições, Puccinelli disse esperar um tratamento igualitário e suprapartidário.

“Vamos dizer que aqui tem brasileiros, sul-mato-grossenses, que requerem um olhar diferenciado, que possamos passar do 27º lugar em repasses voluntários para 24º, 25º, quem sabe ao 15º lugar”, afirmou.

O governador disse esperar que Dilma não faça retaliações devido ao fato de ter apoiado José Serra nas últimas eleições.

“Se ela for magistrada, não fará isso, se houver mesquinharia, como houve no ministério do Trabalho, sim”, alfinetou.

Ainda sobre Dilma, Puccinelli disse que pedirá assim que possível uma audiência para falar das questões relativas ao Estado.

“A Dilma é uma excelente técnica, tenho a impressão de que fará um bom governo, no que depender de nós terá o apoio, e da mesma forma como eu conduzo com os petistas do Estado, atendendo a todos, ela, tenho certeza, atenderá todos os brasileiros sul-mato-grossenses”, espetou.

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