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Política

Quem são os suplentes de deputados federais e estaduais eleitos em MS?

"Reservas" entram no lugar dos titulares em casos de licença de mandato, cassação ou morte

Jhefferson Gamarra | 03/10/2022 13:48
Câmara Federal e Assembleia Legislativa de MS, locais de trabalho dos deputados (Fotos: Divulgação)
Câmara Federal e Assembleia Legislativa de MS, locais de trabalho dos deputados (Fotos: Divulgação)

Além dos candidatos a deputados federais e estaduais eleitos em Mato Grosso do Sul no pleito deste ano, uma lista que merece atenção é a dos suplentes. Os candidatos que não obtiveram o número de votos suficientes para tomar posse como titular do mandato, mas que podem assumir temporariamente ou definitivamente em casos de licença, cassação ou morte.

Para os cargos do Poder Legislativo, os candidatos são definidos pelo sistema proporcional, ou seja, as vagas para os cargos de deputado federal e estadual são distribuídas em proporção aos votos dados aos candidatos, partidos e federações e preenchidas pelos representantes mais votados, até o limite das vagas obtidas.

Federais - Com a votação obtida, o PSDB teve direito a 3 cadeiras na Câmara Federal que serão ocupadas por Beto Pereira, Geraldo Resende e Dagoberto Nogueira. Com 20.634 votos conquistados, o vereador de Campo Grande, Juari Lopes, o Professor Juari, ficou como primeiro suplente. Professor de História na rede pública de ensino, o candidato de 44 anos, ingressou na política em 2012, como candidato a vereador, não sendo eleito. Em 2016, novamente disputou novamente uma vaga no legislativo da capital, mas também não teve sucesso. Em 2020 conquistou uma cadeira na Câmara Municipal com 4.199 votos.

O PT garantiu 2 vagas em Brasília, reelegendo Vander Loubet e elegendo a vereadora de Campo Grande, Camila Jara. A primeira suplência ficou com Elias Ishy, que obteve 24.085 votos. O candidato tem 64 anos e exerce o cargo de vereador em Dourados pelo sexto mandato . Como bandeira, o candidato  levantou pautas voltadas à educação, saúde, cultura, agricultura familiar e desenvolvimento social.

Partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, elegeu 2 deputado federais: Marcos Pollon e Rodolfo Nogueira. A suplência ficou com a advogada Luana Ruiz, 39 anos, que compôs a equipe de transição do governo Jair Bolsonaro e foi Secretária Adjunta da Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do Ministério da Agricultura. Conservadora, a suplente defende pautas contra a ideologia de gênero e o aborto, politica armamentista e liberdade religiosa.

O PP ficou com 1 cadeira, que será o ocupada pelo candidato reeleito, Luiz Ovando. A suplência ficou com o ex-presidente da Sanesul (Empresa de Saneamento de Mato Grosso do Sul), Walter Carneiro Júnior que conquistou 39.860. Advogado e bacharel em publicidade, o candidato de 46 anos disputou sua primeira eleição. Filho do ex-deputado estadual, foi chefe de gabinete do vice-governador Murilo Zauith, entre 2007 e 2010, e secretário de Fazenda de Dourados.

Estaduais - Na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, teve pouca renovação, das 24 cadeiras disponíveis, 6 serão ocupadas pelo PSDB, que elegeu Mara Caseiro, Paulo Corrêa, Jamilson Name, Zé Teixeira, Pedro Caravina e Maria Imaculada Nogueira. A suplência do partido ficou com o vereador de Campo Grande, João Cesár Mattogrosso que conquistou 11.650 votos em sua primeira disputa para o cargo estadual. Empresário de 38 anos, Mattogrosso foi eleito vereador em 2016 e renovou o mandato em 2020. No segundo mandato se licenciou do cargo para comandar a Secretaria de Estado de Cidadania e Cultura, onde permaneceu por 11 meses.

Para a próxima legislatura o PT contará com 3 deputados. Pedro Kemp e Amarildo Cruz conseguiram a reeleição e o ex-governador Zeca do PT, que foi o primeiro deputado petista do Estado voltará a Assembleia.  A suplência ficou o a professora de Dourados, Gleice Jane, que obteve 9.767 votos. Nas eleições de 2020 foi a 6ª vereadora mais votada em Dourados, também ficando como suplente. Além do fortalecimento da educação, a professora defende pautas de inclusão social e reforma agrária.

O PP reelegeu os deputados Gerson Claro e Londres Machado. Diferentemente dos colegas de partido, Marçal Filho não conseguiu a reeleição e ficou na suplência alcançando 24.758 votos. Natural de Dourados, o radialista já exerceu mandato de deputado federal por Mato Grosso do Sul e vereador em Dourados.

Com direito a 3 vagas direto, o MDB renovou os mandatos dos deputados Renato Câmara e Marcio Fernandes e ainda trouxe de volta o ex-presidente da Assembleia, Junior Mochi. Com 12.326 votos, a suplência do partido foi ocupada pelo médico Diogo Bossay, que disputou sua primeira eleição. Filho de prefeitos de Miranda, Bossay é cirurgião e atuou no hospital militar de Campo Grande no SUS (Sistema Único de Sáude) na região de Aquidauana, Anastácio, Bonito e Nioaque.

Coronel Davi, João Henrique Catan e Neno Razuk foram reeleitos pelo PL. A suplência do partido é ocupada por Raquelle Lisboa, que teve 10.782 votos. Esposa do deputado federal não reeleito Loester Carlos, o Tio Trutis, a candidata de 27 anos é natural de Brasília e mudou seu domicilio eleitoral para tentar uma vaga no legislativo de Mato Grosso do Sul.

O PDT reelegeu Lucas de Lima. Na suplência com 16.918 votos ficou Glaucia Iunes, que é pedagoga e assistente social é cunhada do atual prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes. Em 2016 disputou eleição para vereadora na Cidade Branca pelo PTB, mas não se elegeu. Na vida pública, a pedetista exerceu o cargo de secretária municipal de Assistência Social de Corumbá, nomeada pelo cunhado.

Pelo Patriota, o deputado Lídio Lopes, marido da prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, assegurou a reeleição. A suplência ficou com o vereador da Capital, Sandro Benites, que conquistou 5.592 votos. Está foi a quinta disputa eleitoral do médico nutrólogo, que conseguiu ser eleito para o cargo de vereador em 2020, com 2873 votos. O candidato exerceu cargo de diretor do Hospital Regional  e atualmente é major do Exercito Brasileiro.

O Republicanos reelegeu Antônio Vaz para a Assembleia. Colega de partido, Herculano Borges, recebeu 17.786 votos e não conseguiu renovar seu mandato.  Formado em Educação Física, Herculano foi vereador em Campo Grande por dois mandatos. Em 2014 conquistou uma cadeira na assembleia e foi reconduzido ao cargo em 2018.

Em sua primeira disputa eleitoral o ex-secretário de finanças de Campo Grande, Pedro Pedrossian Neto garantiu a única vaga do PSD na Assembleia. A suplência ficou com Silvio Alves Pena, o Pitu, que obteve 13.681 votos. Pitu exerce primeiro mandato como vereador na Capital, em 2016 disputou o legislativo municipal, mas não foi eleito. Radialista, o candidato já exerceu cargos de confiança na Assembleia, Câmara Municipal e prefeitura de Campo Grande.

Líder de movimento conservador, Rafael Tavares foi o único eleito pelo PRTB. Na suplência com 9.502 votos, ficou Iara Diniz, esposa do deputado e candidato ao governo garantido no segundo turno da eleição, Renan Contar. Empresária no ramo de marketing, Iara é exaltada como a grande responsável por coordenar as campanhas do marido nas eleições.

O União Brasil elegeu o ex-diretor do Detran-MS (Departamento de Transito de Mato Grosso do Sul) Roberto Hashioka para o legislativo estadual. A suplência do partido ficou com o advogado Rhiad Abdulahad que conquistou 11.439 votos. Natural de Ponta Porã, o candidato saiu candidato ao cargo de vice-prefeito de Campo Grande em 2020, quando obteve 34.066 votos válidos.

Rinaldo Modesto foi reeleito pelo Podemos. O suplente com 9.933 votos conquistados será o vereador de Campo Grande, José Luna, o Zé da Farmácia. Líder comunitário, Zé da Farmácia foi vice-presidente da Associação de Moradores da Moreninhas I e II e disputou cargo para vereador em 2016, não sendo eleito. Em 2020, com 4.680 foi eleito vereador pela primeira vez na Capital.

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