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Política

Vereadores do PMDB vão apoiar comissão e afastamento de Bernal

Vinicius Squinelo | 25/09/2013 21:59

A Executiva Municipal do PMDB em Campo Grande decidiu que os cinco vereadores da sigla vão apoiar a abertura de comissão processante contra o prefeito Alcides Bernal (PP). Porém, nenhum dos parlamentares entrará formalmente com o pedido, para que não perca o voto durante o processo, como manda a lei.

Até mesmo o vereador Paulo Siufi, que afirmou antes da reunião que pediria a abertura da comissão, foi convencido a esperar o pedido de outra pessoa, e não perder o voto, segundo a vereadora e presidente da Executiva Municipal, Carla Stephanini.

Pelo Decreto-Lei 201/64, pedido de instauração de Comissão Processante contra prefeito em Câmara Municipal, por prática de crime de responsabilidade, de natureza política, só pode ser feito por cidadão ou vereador. Como vereador, apresentando o pedido de criação da comissão, Siufi ficaria impedido de votar pela cassação, tendo de ser substituído pelo primeiro suplente do PMDB.

Porém, logo que o pedido de abertura de comissão processante for realizado, e supostamente aprovado, os vereadores do PMDB vai pedir o imediato afastamento de Bernal do cargo de prefeito.

“Pediremos (o afastamento) ao Ministério Público Estadual, para que não ocorra nenhuma interferência nos trabalhos da comissão, nem haja prejuízo nas apurações e resultado final”, afirmou Carla, após a reunião da Executiva, realizada na noite de hoje.

Mesmo com a decisão de evitar que os próprios vereadores realizem o pedido de abertura da comissão processante, Carla Stephanini disse acreditar que o “alto número de irregularidades” mostrado na CPI do Calote sensibilizou a população de Campo Grande, e que a possibilidade de um cidadão realizar o pedido é quase que 100%.

Na reunião desta noite foi apresentado para os filiados e companheiros do PMDB todas as irregularidades apuradas no relatório da CPI do Calote contra o prefeito Alcides Bernal.

O presidente estadual do PMDB, Oswaldo Mochi Junior, também presente à reunião, disse que qualquer cidadão pode fazer o pedido de cassação do prefeito, mas adiantou que ele como cidadão não o faria porque poderia “soar como retaliação política”, devido à derrota eleitoral do ano passado do peemedebista Edson Giroto para o progressista Bernal.

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