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Economia

Produtores pedem a manifestação da Justiça contra invasões indígenas

Filipe Prado | 07/11/2013 20:46
Os produtores se reuniram para definir estratégias de defesa (Foto: Cléber Gellio)
Os produtores se reuniram para definir estratégias de defesa (Foto: Cléber Gellio)

Produtores rurais se reuniram para definir estratégias de defesa contra as invasões indígenas. Eles têm até o dia 30 de novembro para decidir estratégias.Os proprietários reclamam que a justiça não se manifesta sobre o descumprimento das ordens de reintegração de posse.

Os ruralistas se reuniram para tentar acabar com a invasão das terras. Mônica Alves Correia Carvalho da Silva, 56 anos, teve sua propriedade invadida, em Aquidauana, com cerca de nove mil hectares. “Desde o dia 31 de maio estou fora da fazenda e eu quero que o governo tome alguma providência”.

Ela relata que um grupo de indígenas entrou em sua propriedade e desde então ela não produz mais. “Foram cerca de 300 indígenas que entraram, fazendo muito barulho e todos com máscaras. Eu não estou mais produzindo nada na fazenda, ainda bem que trabalho aqui na cidade, dá para me sustentar”, comenta Mônica.

Outros proprietários não tiveram a suas fazendas invadidas, mas já se preocupam com a situação. “Ainda não fui afetado aqui, mas me preocupo principalmente com quem tem propriedades pequenas, pois não tem outro meio de subsistência. Isso é uma situação difícil, imagina entrarem em sua casa”, explica o produtor rural Amauri da Silva, 67.

Eles comentam que os prejuízos depois das invasões são muito grandes. “Só na minha fazenda foram 150 cabeças de gado que sumiram, sem contar a casa, arames e tudo mais que ficou na fazenda”, diz a produtora rural Monica.

Alda Lemos Brito Curato, se indigna com a situação. Ela comenta que indígenas já foram até sua propriedade vender produtos das fazendas invadidas. “Eles vieram e nos ofereceram três gados, que eu sabia que eram da fazendo invadida”.

O presidente da Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Fracisco Maia, comenta que querem a manifestação da justiça. “Temos que ficar assistindo, pois a polícia não se manifesta, a justiça não se decide. Isso é muito preocupante”.

Os produtores já se preparam para se defender das invasões, tentando se organizar e tomar uma iniciativa. “Estamos em uma guerra!”, relata o produtor rural Jonatan Barbosa.

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