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Capital

Após beber e brigar, catadora morreu ao sentar-se na rua das tragédias

Alan Diógenes e Filipe Prado | 16/12/2014 10:16
Moradores disseram que a avenida, onde Maria morreu atropelada, é muito perigosa. (Foto: Alcides Neto)
Moradores disseram que a avenida, onde Maria morreu atropelada, é muito perigosa. (Foto: Alcides Neto)
O corpo da catadora foi velado em uma igreja do bairro e velório durou 1h. (Foto: Alcides Neto)
O corpo da catadora foi velado em uma igreja do bairro e velório durou 1h. (Foto: Alcides Neto)

A catadora de materiais recicláveis Maria Cristina Batista Marcondes, 40 anos, morreu atropelada, na noite de domingo, após brigar com o marido e sentar-se no meio da Rua Catiguá, uma via marcada por tragédias no Jardim Canguru. A 86ª pessoa morta em acidente de trânsito neste ano em Campo Grande, ela foi velada na tarde de ontem (14), em uma igreja na Rua Caruru, no Jardim Canguru, em Campo Grande.

O fato foi confirmado pelo motorista Antônio Pereira, de 50 anos, que era vizinho da vítima. “Ela já era conhecida no bairro exatamente porque estava sempre bêbada. No começo era morava sozinha com o marido em outra casa, mas depois eles se mudaram para a casa da sogra dela. No dia do acidente, eles tinha brigado e ela saiu correndo pelas ruas do bairro”, comentou.

Apesar de mencionar o vício com o álcool, o vizinho contou que Maria era uma pessoa alegre, que estava sempre sorridente. “Ela sempre passava e cumprimentava as pessoas na rua, por isso todo mundo a conhecia. Ela sempre estava bêbada, mas não mexia ou ofendia ninguém. Era conhecida aqui no bairro como A Doida”, destacou.

A dona de casa Leonora Cardoso da Silva, 40, disse que a avenida onde a mulher foi atropelada é uma via perigosa e com grande fluxo de veículos, o que aumenta ainda mais o risco de acidentes. “Apesar da gente saber que ela bebia de segunda a segunda, não podemos esquecer do fato de que avenida é perigosa. Para você ter noção onde ela morreu existe uma placa avisando de um radar que ainda nem foi instalado. Sem falar que o local é escuro, não tem iluminação nenhuma”, mencionou.

O metalúrgico Filipe Gonçalves, 28, que trabalha na frente do local onde Maria morreu, disse que esse não é o primeiro acidente com morte na avenida. “Esses dias um motociclista bateu no poste e morreu. Depois um senhor foi atropelado e também veio a óbito. Acredito que deveriam existir vários quebra-molas para impedir que os motoristas andassem em alta velocidade”, explicou.

O corpo de Maria foi enterrado, depois do velório que durou uma hora, no Cemitério do Cruzeiro, localizado no Bairro Coronel Antonino.

Outro caso – No dia 20 de julho, o motociclista Eraldo Ribeiro morreu após perder o controle e colidir com um poste na Avenida Catiguá. Ele tinha em seu nome um histórico de multas por excesso de velocidade em lombadas eletrônicas.

Segundo a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), o número de mortes teve redução neste ano na Capital, de 108 para 86. Só pedestres, 10 morreram atropelados de janeiro até novembro. Em relação ao mesmo período de 2013, quando ocorreram 19 óbitos, teve redução de 47%.

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