Com desenhos "novos", placas de sinalização confundem motoristas
As novas placas de sinalização estão confundindo os moradores de Campo Grande. Eles não conseguem decifrar ou levam tempo para entender os "novos desenhos". O problema ocorre, principalmente, na Avenida Júlio de Castilho, que passa ter conversões proibidas a esquerda e duas ruas de acesso com mão única.
“Olhando assim não entendo”, comentou a estudante Dayana Vitorino da Silva, 19 anos. Na Ana Luiza De Souza a placa indica a entrada para a rua que dá acesso ao Lago do Amor e a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul). “Se não tivessem me ensinado, eu não saberia como chegar lá, olhando a placa”, afirmou o autônomo Adnelson Oliveira Marcelino, 39.
Os moradores reclamaram do desenho da placa, que não passa a informação correta para eles. “Isso é um rabisco, acho que deveriam mudar e fazer um desenho melhor. Não entendo nada”, reclamou o autônomo.
Eles acreditam que a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) deveria refazer as sinalizações. “Acho que deveriam simplificar. Mandar ir reto e depois virar. Do jeito que está confunde”, comentou Dayana.
Já na Julio de Castilho, os motoristas também reclamaram da placa, que indica o retorno para o centro da cidade. “Ela está muito errada, todo mundo fica perdido”, afirmou o aposentado Argemiro Vieira Corrêa, 68.
Os carros precisam entrar na rua Pinto D’água e fazer uma volta, para conseguir voltar pela avenida, de acordo com a placa. “Essa planejamento é muito esquisito. Pra mim, que dirijo há 40 anos, é confuso, imagina para outros motoristas”, comentou o aposentado.
Para o advogado Wiliam Damião, 35, várias mudanças na placa e na avenida deveriam ser feitas. “Eles deveriam fazer um retorno ou uma rotatória na própria Julio de Castilho, para facilitar o trânsito aqui”, disse.
Os moradores contam que qualquer turista pode se perder caso se guie pelas novas placas. “Ele com certeza não chegaria no destino”, completou a estudante Dayana.
Agetran – De acordo com o diretor-presidente da Agetran Jean Saliba, as placas estão desde a gestão passada e passam a informação correta para o motorista. “As pessoas estão acostumadas a placas diferentes. Neste momento eu estou entendendo perfeitamente o que diz a placa”, afirmou.
Ele explicou que as placas sugerem um caminhão maior, pois as chances de um acidente acontecer virando à direita são menores. “É uma técnica para evitar os contornos à esquerda, que paralisam o trânsito, e diminuir acidentes, além de permite os semáforos sincronizados”, comentou.