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Capital

Adolescente assassinada após sair de boate já havia sido ameaçada de morte

Ana Paula Carvalho e Viviane Oliveira | 16/11/2011 19:32
Adolescente saia da boate quando foi baleada. (Foto: Simão)
Adolescente saia da boate quando foi baleada. (Foto: Simão)

Leyciane Ribeiro Dias, 17 anos, assassinada na madrugada desta quarta-feira após sair da boate Chácara Maresia, no bairro Coophavila II, já havia sido ameaçada de morte. Foi o que disse a amiga da adolescente, Libni Arguelho, de 22 anos, à equipe do Campo Grande News.

Segundo Libni, a mãe da adolescente não sabia que ela iria à festa. “Minha filha saiu para buscar o celular na casa de uma amiga e não voltou mais”, diz Maria Marta Greffi, mãe da adolescente.

Ainda de acordo com a jovem, há aproximadamente duas semanas, a menina contou que havia sido ameaçada de morte por um homem, mas não quis dar detalhes.

Antes de ir a boate, Leyciane estava com Libni e a amiga Rosângela da Silva, de 21 anos, em uma conveniência na avenida Afonso Pena, por volta das 23h30 elas decidiram ir embora.

No caminho ela chamou as amigas para ir à festa, Libni se recusou dizendo que a mãe da menor não a havia deixado sair e foi embora para casa. Rosangêla e Leyciane seguiram para a boate.

“Eu não gosto daquele lugar. Já teve tiroteio outras vezes e é perigoso”, diz Libni.

Por volta das 03h, Leyciane chamou Rosângela para ir a uma festa na avenida Tamandaré, dizendo que todos os amigos delas iriam. “Vamos embora que amanhã a gente tem que acordar cedo para ir ao posto de saúde”, Rosângela argumentou com a menor. Ela iria à unidade de saúde marcar um exame ginecológico. Na segunda-feira a adolescente passou mal e foi encaminhada a Unidade de Pronto Atendimento do Aero Rancho.

Leyciane disse à amiga que seria rapidinho e elas decidiram ir. Os carros dos amigos estavam cheios e por isso elas pegaram carona com dois homens, conhecidos da menor, que estavam em um veículo Gol branco.

De acordo com Rosângela, quando entraram no carro, dois homens seguiam nos bancos da frente e uma menina no de trás. A vítima sentou-se perto da porta. Quando esperavam atrás de uma fila de carros para sair do local, vários motociclistas passaram atirando na direção do veículo.

Um disparo atingiu o braço de Leyciane e transfixou o tórax. Rosângela conta que quando percebeu que a amiga estava ferida avisou os homens e saiu correndo. Ela alega que foi em casa pegar uma moto para socorrer a adolescente.

“Eu sai ligando para nossos amigos e todos nós procuramos por ela, mas não achamos em lugar nenhum. Eles enrolaram com ela dentro do carro. Sumiram e demoraram muito”, diz sobre os dois jovens que estavam no carro branco.

Velório - Amigas da menina estiveram no velório e alegam que ela era uma garota muito querida por todos. Elas acreditam que o tiro não tenha sido para a menor e que ela tenha sido morta por engano.

Carlos Luis, de 22 anos, era cunhado da adolescente. Ela morou por dois anos com irmão dele. Ele se diz surpreso com a morte da menina porque ela era muito tranquila. Ele também pensa que tiro não era para ela.

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