ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  27    CAMPO GRANDE 26º

Capital

Área doada à Faculdade de Direito da UFMS é tomada pelo mato e lixo

Luciana Brazil | 16/04/2013 11:02
Cozinheira mostra o caminho que precisa fazer para desviar do matagal que tomou conta do terreno. (Fotos:Marcos Ermínio)
Cozinheira mostra o caminho que precisa fazer para desviar do matagal que tomou conta do terreno. (Fotos:Marcos Ermínio)

Terreno de 28 mil metros quadrados, doado para ser a Fadir (Faculdade de Direito da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), transformou-se em matagal e "lixão" no bairro Carandá Bosque III, em Campo Grande. O abandono da área virou motivo de queixas constantes dos moradores. A Prefeitura doou a área em 2011.

Onde uma construção já deveria estar em andamento, não há nenhum indício de obra. Entre moradores e pessoas que passam pelo lugar diariamente, a reclamação é unânime. “O mato não é só perigoso, chama bicho, tem gente que se esconde ali para usar droga, além de ser usado como depósito de lixo”, conta a dona de casa Ana Paula Sales, 38 anos.

O imóvel de 28,2 mil metros quadrados foi doado em 23 de dezembro de 2011 pelo então prefeito, Nelson Trad Filho (PMDB). O decreto autorizou a desafetação e doação da área para a UFMS.

Segundo o documento, a universidade tem dois anos para construir a Faculdade de Direito, prazo que termina em dezembro deste ano. Caso a obra não seja, ao menos iniciada, o terreno volta para o município.

O gerente de uma gráfica, que fica em frente ao terreno, diz que a vizinhança já sabia da doação da área, mas até agora espera a construção. “Nós já sabemos que essa área foi doada. O dono da gráfica sempre diz que se abrisse uma faculdade aqui seria ótimo”, contou Thiago Figueiredo, 22 anos.

Mato toma conta do terreno que deveria abrigar sede da UFMS.
Mato toma conta do terreno que deveria abrigar sede da UFMS.
O mata está por toda região do terreno, inclusive na rotatória.
O mata está por toda região do terreno, inclusive na rotatória.

Como não existe calçada em uma grande extensão da rua, os pedestres são obrigados a andar pela via, disputando espaço com os carros, que passam em alta velocidade. Na região do terreno, existem outros pontos com mato alto. Até mesmo a área da rotatória está coberta por um matagal.

A cozinheira, Silvana Lemos, 40 anos, passa a pé pela rua, já que não há calçada. “Desço do ônibus do outro lado do mato e se tivesse pelo menos uma praça, eu poderia vir reto. Mas preciso dar uma volta por causa do matagal”, disse.
Com medo de transitar sozinha, ela diz que mesmo de dia o lugar fica perigoso. “Morro de medo. Alguém pode se esconder nesse mato”, diz.

A assessoria de imprensa da universidade informou que, apesar de já existir um projeto, não há verba orçamentária para iniciar as obras. O recurso é destinado pelo Governo Federal.

A Universidade Federal confirmou que já está providenciando a limpeza do terreno. A assessoria informou ainda que a manutenção do local é feita, mas por causa das chuvas, o mato tem crescido depressa.

Nos siga no Google Notícias