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Capital

Associação denuncia troca de casas por carro velho na região do Nova Lima

Ângela Kempfer e Kleber Clajus | 25/03/2015 11:54
Durante a sessão voltou a pauta a cobrança de rede de esgoto, drenagem e asfalto na região (Foto: Kleber Clajus)
Durante a sessão voltou a pauta a cobrança de rede de esgoto, drenagem e asfalto na região (Foto: Kleber Clajus)

A cada parada pelos bairros de Campo Grande, uma lista de reclamações surge dos moradores na sessão comunitária da Câmara Municipal. Hoje, no bairro Nova Lima, o que saltou aos olhos foi a denúncia de que famílias atendidas por projetos de habitação do município estariam trocando casas até por carros velhos.

O presidente da associação de moradores do Vida Nova III, Wildes dos Santos, pediu investigação e até uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) sobre o caso. “É muito sério. Casas populares são entregues pela Emha e depois abandonadas, vendidas ou trocadas por carros velhos”. Segundo ele, um comerciante da região já comprou dezenas de casas da Emha, favorecido pelo esquema.

O vereador Otávio Trad (PMDB) confirma que não é uma denúncia isolada e defende urgência na reestruturação da Agência Municipal de Habitação. “Temos de olhar esse tema de forma mais crítica. As regras da Emha são ultrapassadas. Precisam ser revistas, assim como melhorada a fiscalização sobre o comércio ilegal e a forma como ocorre o sorteio das casas.”

Mas a sessão comunitária da Câmara na manhã desta quarta-feira não ficou só nessa reclamação. O morador Vagner Escobar Colmam chegou a chorar, emocionado ao falar da falta de acessibilidade na Unidade Básica de Saúde, que não possui corrimão nas rampas e compromete a acessibilidade nos banheiros.

Dentre as maiores reivindicações, voltou a pauta a cobrança de rede de esgoto, drenagem e asfalto, na rua Marques de Herval. O bairro, um dos mais antigos da cidade, ainda não foi atendido com obras de drenagem e pavimentação PAC2, o que revolta os moradores.

Outra reclamação antiga envolve segurança. Na região de 100 mil habitantes, apenas uma viatura é disponibilizada à Polícia Militar, diz o presidente do Conselho de Segurança da Região do Segredo, João Marcelo. “É uma viatura para toda a região e só 11 policias. E o efetivo tem sido reduzido nos últimos anos”, diz.

Depois das sessões itinerantes, os vereadores apresentam as reivindicações à prefeitura, como indicações para melhorias.

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