Atos pró-Dilma devem ocorrer em ao menos 9 cidades de MS dia 1º de maio
Em pelo menos nove municípios de Mato Grosso do Sul devem ocorrer manifestações contra o impeachment da presidente da República, Dilma Rousseff (PT), em 1º de maio, Dia do Trabalho. Em paralelo, as mobilizações devem ocorrer em todo o país e a expectativa é de que seja a maior realizada até agora, conforme a Frente Brasil Popular.
De acordo com Maria Rosana, uma das coordenadoras da FBP, em Mato Grosso do Sul os movimentos que compõem a frente estiveram reunidos na quarta-feira (20) para definir um calendário de ações, que devem ocorrer durante todo o mês de maio. Para o dia 1º, a intenção é conclamar a classe trabalhadora e executar atos em pelos menos nove municípios: Campo Grande, Dourados, Corumbá, Nova Andradina, Coxim, Itaquiraí, Sidrolândia, Três Lagoas e Ponta Porã.
“Estamos programando as manifestações nestas cidades onde a frente está consolidada, mas uma adesão espontânea. Tradicionalmente realizamos esse movimento no dia do trabalho, mas esse ano tem uma questão especial que é contra o golpe e a forma que está caminhando para ceifar, principalmente, os direitos dos trabalhadores”, disse.
Rosana lembra que atos ocorrem em Mato Grosso do Sul, desde agosto do ano passado, quando foi instituída a frente no Estado. Ela ressalta que, tais mobilizações reuniram um número significativo de pessoas, mas a expectativa é de que a do dia 1º de maio seja a maior, até então.
“Nós estamos mobilizando toda a classe trabalhadora e esperamos um número considerável de pessoas, especialmente no ato do dia do trabalhador, que é tradicional”, conta. Conforme Rosana, na Capital, ao menos 1 mil pessoas são esperadas. Os locais onde as manifestações devem ocorrer ainda estão sendo definidos pela organização.
O processo de impeachmente da presidente Dilma Roussef corre no Senado, que já definiu a comissão que vai participar da analise e dar o veredito. Mato Grosso do Sul compõe a comissão especial. Os senadores Simone Tebet e Waldemir Moka, ambos do PMDB, são dois dos cinco indicados pelo partido. Anteriormente, os parlamentares já haviam afirmado ser favoráveis ao afastamento.
Nesta sexta-feira, a presidente fez uma menção à crise política do Brasil no fim de sua fala na cerimônia de assinatura do Acordo de Paris sobre Mudança do Clima na sede das Nações Unidas, em Nova York.