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Capital

Ceinf é inaugurado, mas fila é maior e crianças seguem sem vaga

Lidiane Kober e Zana Zaidam | 21/07/2014 17:36
Suendy largou o trabalho porque não tem com quem deixar a filha de 9 meses (Foto: Marcelo Calazans)
Suendy largou o trabalho porque não tem com quem deixar a filha de 9 meses (Foto: Marcelo Calazans)

Esperança de muitas famílias, o Ceinf (Centro de Educação Infantil) do Jardim Centro-Oeste foi inaugurado nesta segunda-feira (21), mas o déficit por vagas é maior e crianças seguem fora das salas de aula. O prédio poderá abrigar até 160 alunos, mesmo assim, mães saíram de lá sem uma previsão para conseguir um lugar aos filhos.

É o caso de Yara Godoi, de 24 anos. Ela trabalha em uma fábrica, localizada nas Moreninhas, e seu marido é motorista. Eles têm uma filha de 9 meses e outra de 2 anos. Até pouco tempo atrás, o casal desembolsava R$ 500 por mês com escola para as meninas, mas não conseguiu mais dar conta da despesa.

“Consegui só uma vaga para minha filha mais velha neste novo Ceinf”, contou Yara. A mais nova, por enquanto, está sob os cuidados da sogra. “Hoje, por exemplo, precisei faltar ao serviço, porque minha sogra não pode ficar com a minha filha”, comentou.

Preocupada, ela até ligou para a Semed (Secretaria Municipal de Educação) em busca pelo menos de uma previsão para um lugar a sua filha. “Mandaram eu esperar”, disse. “O problema é que preciso urgente de uma vaga”, emendou.

Também mãe de duas meninas, uma de 9 meses e outra de 1,9 ano, Suendy Ortiz, 19 anos, precisou abandonar o emprego de vendedora para cuidar das filhas. “Após um ano de espera, consegui uma vaga para a mais velha, mas não tenho com quem deixar a menor”, contou.

Secretária Municipal de Educação, Angela Brito sabe do déficit de mais de 7,5 mil vagas e que o problema maior está em conseguir reduzir a lista de espera dos mais pequenos. “Até conseguimos receber crianças mais velhas, mas, no berçário, há número limite e regras que precisam ser respeitadas, o que impossibilita receber mais alunos”, explicou.

No Jardim Centro-Oeste, por exemplo, a capacidade do Ceinf era de 120 crianças, mas a previsão é abrigar 160. “No caso das crianças mais velhas, conseguimos ampliar a capacidade”, comentou. A secretária ainda explicou que o projeto de construção é antigo, da gestão do ex-prefeito Nelsinho Trad (PMDB). “Na época, não existia o residencial da Homex, isso ampliou a demanda da região”, explicou Angela.

No total, o Ceinf consumiu investimento de R$ 2,4 milhões, sendo R$ 1,3 milhão do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e o restante dos cofres da prefeitura. O plano, segundo o prefeito Gilmar Olarte (PP), é inaugurar em breve outros oito Ceinfs. Do total, quatro devem ser entregues na semana de comemoração do aniversário de Campo Grande.

Yara gastava R$ 500 com escola para as filhas, mas não dá mais conta da despesa (Foto: Marcelo Calazans)
Yara gastava R$ 500 com escola para as filhas, mas não dá mais conta da despesa (Foto: Marcelo Calazans)
Orçado em R$ 2,4 milhões, Ceinf abrigará até 160 crianças da região do Jardim Centro-Oeste (Foto: Marcelo Calazans)
Orçado em R$ 2,4 milhões, Ceinf abrigará até 160 crianças da região do Jardim Centro-Oeste (Foto: Marcelo Calazans)
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