ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
MAIO, SEXTA  10    CAMPO GRANDE 25º

Capital

CGU manda 15 servidores para apurar irregularidades no tratamento do câncer

Aline dos Santos | 19/03/2013 09:39
Funcionário da CGU participa de operação no Hospital do Câncer. (Foto: Vanderlei Aparecido)
Funcionário da CGU participa de operação no Hospital do Câncer. (Foto: Vanderlei Aparecido)

A CGU (Controladoria-Geral da União) deslocou equipe de Brasília e outros Estados para participar da operação Sangue Frio, que investiga esquema envolvendo o Hospital do Câncer, o HU (Hospital Universitário) de Campo Grande e a empresa Neorad, que pertence a Adalberto Abrão Siufi. O médico atualmente é diretor-geral do Hospital Câncer e ex-diretor de oncologia do HU.

De acordo com a PF (Polícia Federal), a ação cumpre a 19 mandados de busca e apreensão e 4 ordens judiciais de afastamento de funções nesta terça-feira. As ordens foram expedidas pela 5ª Vara Federal de Campo Grande.

No Hospital do Câncer, as equipe da PF e da CGU chegaram às 6h. Eles percorreram toda a unidade. No setor de quimioterapia, onde a média diária é de cem atendimentos, a responsável pelo setor de faturamento foi questionada sobre controle dos pacientes e APACs (Autorização de Procedimentos Ambulatoriais de Alta Complexidade/Custo).

Na semana passada, o MPE (Ministério Público Federal) acionou a Justiça para pedir o afastamento dos diretores do Hospital do Câncer. A unidade mantém contrato com a empresa cujo um dos proprietários é Siufi, cobrou por atendimento a paciente morto e remunera parentes do diretor com altos salários.

Outro detalhe é que a Neorad recebia tabela SUS (Sistema Único de Saúde) mais 70%. Em quatro anos, foram R$ 12 milhões. Em 2011, o hospital recebeu R$ 15,4 milhões de recurso público, além de R$ 2,3 milhões em doações.

Já o HU foi alvo, ano passado, de ação do MPF (Ministério Público Federal) para aceitar recursos do governo federal e investir na radioterapia. Conforme o MPF, os atendimentos estavam concentrados no Hospital do Câncer e na Santa Casa, que terceirizaram os serviços para a Neorad, empresa de Siufi.

As diligências realizadas pela Polícia Federal em conjunto com a Controladoria Geral da União revelaram a existência de um esquema envolvendo o hospital público e algumas empresas com a finalidade de direcionar licitações e contratações, superfaturar serviços e pagar propinas.

Nos siga no Google Notícias