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Capital

Comando Militar diz que operação na Máxima foi decidida há 2 dias

Ação busca encontrar celulares, armas e drogas escondidos nas celas e deve perdurar até esta tarde

Rafael Ribeiro | 15/02/2017 09:22
Major Marcelo Machado, porta-voz do CMO. (Foto: Kisie Ainoã)
Major Marcelo Machado, porta-voz do CMO. (Foto: Kisie Ainoã)

A operação militar para revista de celas no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande que acontece na manhã desta quarta-feira (15) foi decidida há dois dias em reunião do governador Reinaldo Azambuja (PSDB) com o comando-geral do Comando Militar do Oeste, responsável por Mato Grosso do Sul.

Cerca de 800 homens ao todos, sendo 500 do Exército, atuam na operação da Máxima nesta manhã. A atividade busca exatamente encontrar celulares, armas e drogas escondidos nas celas e deve perdurar até esta tarde.

Segundo o major Marcelo Machado, porta-voz do CMO, desde a assinatura do decreto pelo presidente Michel Temer (PMDB) no dia 18 de janeiro, que autorizava o uso das Forças Armadas nos presídios, as tropas locais começaram a ser treinadas para a tarefa.

"O trabalho de reconhecimento de terreno é algo que já faz parte do treinamento do Exército, apenas adaptamos para esta realidade", disse.

Há cerca de uma semana, segundo ele, a cúpula da Sejusp (Secretaria Estadual de Justiça e Segurança Pública) entrou em contato planejando a ação.

Militares na frente do presídio de segurança máxima. (Foto: Kisie Ainoã)
Militares na frente do presídio de segurança máxima. (Foto: Kisie Ainoã)

Duas reuniões foram feitas desde então com lideranças das polícias Militar e Civil para se organizar a atuação conjunta. Ministério Público e Poder Judiciário, além dos agentes penitenciários, também participaram do planejamento. Todos estão presentes também nas dependências da Máxima.

A ação acontece um dia após o Estado-Maior das Forças Armadas anunciar que adiou a realização de operações em presídios por considerar que as tropas necessitavam de treinamento específico para a tarefa e estava sobrecarregada tendo que auxiliar na segurança pública de Rio de Janeiro e Espírito Santo por conta da greve das PMs locais.

Além disso, a Sejusp falava que esperava secreto específico de Temer para atuação militar no Estado. "Temos um entendimento diferente, de que a partir do momento que foi autorizado inicialmente e Mato Grosso do Sul formalizou seu pedido, já estaríamos aptos a planejar e executar a tarefa", disse Machado.

Pessoas da cúpula da Sejusp avaliam que a operação pode ter sido antecipada pelo governador por conta da visita ao Estado do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, José Levi Mello do Amaral Júnior, na próxima sexta-feira (17).

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