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Capital

Denúncias de leitores levam Prefeitura a investigar falhas na saúde

Leonardo Rocha | 29/12/2015 12:00
Falta e demora de atendimento nas UPAs após o Natal, gerou revolta da população (Foto: Arquivo)
Falta e demora de atendimento nas UPAs após o Natal, gerou revolta da população (Foto: Arquivo)

A Prefeitura de Campo Grande abriu quatro sindicâncias para investigar a demora e falta de atendimento em UPAs (Unidade de Pronto Atendimento) da Capital, nos dias 26 e 27 de dezembro. Três das denúncias foram relatadas em reportagens do Campo Grande News, sendo usadas como ponto de partida para as apurações.

O secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, indicou os servidores Cristiano de Campos Lara, Luis Fernando Garcia da Silva e Sandra Maria Vieira para comporem as quatro sindicâncias, que terão um prazo de 30 dias para apresentação de relatório conclusivo dos trabalhos.

A primeira matéria, do dia 26 de dezembro, com o título "Após 7 horas de espera, pacientes desistem de atendimento em Upas”, duas pessoas entraram em contato com o jornal para reclamar da espera e falta de atendimento. O instalador João César, de 24 anos, ficou sete horas na UPA do bairro Guanandy, atrás de remédio para alergia.

Já outra pessoa, que não quis se identificar, passou quatro horas na UPA do bairro Coronel Antonino. Tinha sintomas de refluxo, não foi atendido e resolveu voltar para casa.

A reportagem "Com febre e convulsionando, há 8h jovem aguarda por atendimento”, também do dia 26 de agosto, relata a história do marceneiro Ítalo Pilotto, de 22 anos, que sofreu um acidente de moto, mas ficou todo o sábado no CRS (Centro Regional de Saúde) do bairro Guanandy sem atendimento médico.

O acidente foi na quinta-feira (24), mas dois dias depois ele começou a passar mal e resolveu buscar ajuda, depois que sofreu convulsão. Segundo a família, ele foi medicado e liberado, sem passar por avaliação de um médico.

Outra matéria do Campo Grande News que gerou a abertura de sindicância foi “Mulher peregrina por UPAs sem atendimento para mãe que fraturou o ombro”, do dia 27 de dezembro, onde a filha tentou levar a mãe com fratura grave no ombro ao UPA Universitário, porém no local os funcionários informaram que o atendimento não seria possível, já que a prioridade era para que chegasse com o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Ela teve que procurar por outros locais, mesmo reclamando que a mãe não estava em condições de ficar fazendo esta "peregrinação" pela cidade. Em todos estes casos, as pessoas entraram em contato com o jornal pela ferramenta "Direto das Ruas", fazendo as devidas denúncias.

A prefeitura irá verificar nestas sindicâncias se houve falha no atendimento prestado no CRS do Guanandi e nas UPAs do Vila Almeida, Coronel Antonino e Universitário.

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