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Capital

Estudantes temem que reposição acabe com as férias de final de ano

Categoria já passa dos 100 dias em greve no Estado

Juliana Brum | 29/09/2015 11:30
A maioria dos professores retomaram as aulas e já estão repondo as matérias segundo os estudantes ( Fernando Antunes)
A maioria dos professores retomaram as aulas e já estão repondo as matérias segundo os estudantes ( Fernando Antunes)

A greve da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) começou no final do primeiro semestre, em 15 de junho e prejudicou os alunos que mesmo já repondo parte das aulas perdidas, ainda falam dos prejuízos da greve que está há 100 dias.

Para os alunos que vieram de outro Estado como é o caso dos estudantes: Arthur Mielfont, 19 anos e Gustavo Zampiere os prejuízos vão além das matérias em atraso.

"Me sinto prejudicado, porque mesmo repondo as aulas sabemos que corre o risco de ficarmos sem férias e no meu caso que conto com as férias para ver minha família que mora no Rio de Janeiro, preocupa" contou Arthur Mielfont, estudante de economia.

A questão financeira também é outro ponto comentado pelos alunos que não são do Estado como o caso do estudante de jornalismo, Arthur Zampieri que veio de Araçatuba, interior de São Paulo comentou que durante a greve ficou na casa dos pais, mas as despesas na Capital continuam.

"Meu pai até brincou que a universidade entra em greve, mas as contas não e com isto a minha conta de luz, aluguel e água continuam independentes" relatou Gustavo.

Os estudantes disseram que no geral a maioria dos professores já retornaram as aulas e estão cumprindo as agendas de reposição. Apenas uma minoria ainda não voltou para as salas de aula.

Bicho do 1 semestre de jornalismo fala sobre o problema das greves ao longo do curso (Foto - Fernando Antunes)
Bicho do 1 semestre de jornalismo fala sobre o problema das greves ao longo do curso (Foto - Fernando Antunes)
Gustavo falou sobre o problema financeiro que os alunos que vieram de fora enfrentam com a greve ( Foto - Fernando Antunes)
Gustavo falou sobre o problema financeiro que os alunos que vieram de fora enfrentam com a greve ( Foto - Fernando Antunes)

Um estudante do curso de Ciência da Computação que não quis se identificar disse que as matérias de humanas e biológicas são as que tem a maioria dos professores em greve e que as matérias exatas praticamente todos já desistiram do movimento grevista.

"Este é meu primeiro ano e me senti totalmente perdida. Mesmo com a reposição acabamos perdendo, sem falar que um curso de quatro anos como o de jornalismo com as greves que acontecem ao longo dos anos acaba se tornando um curso de 5 a 6 anos com tantos atrasos e reposições" explicou a estudante Maria Paula Garcia, 18 anos.
No curso de Biologia os veteranos afirmam que não foram muito prejudicados, mas os calouros do curso terão que repor muitas aulas, falou Tiago Barbosa, 20 anos.

As demais instituições federais em greve são: IFMS (Instituto Federal Mato Grosso do Sul) e UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul). Nesta última, técnicos administrativos e professores estão em greve há mais de três meses. Os Fiscais agropecuários estão há 13 dias em greve e pedem pela mudança da nomenclatura da categoria, além de não aceitarem a terceirização do setor.

Arthur teme que fique sem férias e com pouco tempo para visitar a família (Foto - Fernando Antunes)
Arthur teme que fique sem férias e com pouco tempo para visitar a família (Foto - Fernando Antunes)
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