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Capital

Ex-secretário nega irregularidades e afirma que denunciou mazelas à PF

Ricardo Campos Jr. | 24/01/2015 08:28
Ex-secretário de Saúde, Ivandro Fonseca (Foto: arquivo)
Ex-secretário de Saúde, Ivandro Fonseca (Foto: arquivo)

Alvo de inquérito civil público, o ex-secretário de Saúde de Campo Grande, Ivandro Fonseca, negou, nesta sexta-feira (23), todas as informações que constam no relatório encaminhado ao MPE (Ministério Público Estadual) pela prefeitura e que motivaram a abertura da investigação. Ele garantiu que denunciou todas as irregularidades à Polícia Federal.

Entre os problemas denunciados pela prefeitura ao MPE estão subtração de documentos públicos, problemas em licitações que não foram concluídas por falta de assinaturas, falta de medicamentos nos postos de saúde, entre outras. Sindicâncias foram abertas na Sesau para encontrar problemas e apurar as responsabilidades, segundo o ofício encaminhado pela Procuradoria-Geral do município. O relatório contém o que já foi levantado e informa algumas medidas adotadas para resolver as questões.

Uma das denúncias informa que Ivandro deixou o cargo levando consigo uma série de documentos públicos referentes a sindicâncias que abriu durante a gestão. Segundo ele, na verdade, esses papéis foram entregues à Polícia Federal, tendo em vista que revelam uma série de irregularidades cometidas pelas gestões anteriores. “Eu não peguei documento algum da secretaria”, diz.

Sobre problemas gerados pela falta de assinatura dele em documentos, afirma que a informação também não procede. “Eu não assinei porque fui exonerado. A partir da data da exoneração eu não tenho fé pública para assinar. Quem tem o poder é o atual gestor. Eu não posso, de maneira alguma, assinar um documento se eu não respondo pela pasta”.

Ainda conforme o ex-gestor, tudo o que chegou até a mesa dele até o último dia na Sesau foi devidamente despachado.

O relatório também aponta outros problemas atribuídos à gestão de Ivandro, como ambulâncias do Samu (Serviço de Atendimento Médico de Urgência) quebradas, déficit de profissionais nos postos de saúde, além da falta de remédios, luvas, sondas uretrais, esparadrapos, copos para água, papel higiênico, receituários, pedidos de exames, demora no atendimento, desmotivação da equipe, falta de valorização dos servidores públicos, falta de educação continuada e equipamentos quebrados, como máquinas de raios-X e ultrasson.

De acordo com o ex-secretário, a maioria dessas destas situações chegou a ser objeto de sindicância. Alguns desses procedimentos investigativos chegaram a ser encaminhados ao MPE. “Em relação às mazelas da saúde, foram todas encaminhadas à PF e estou à disposição do MPE para dirimir qualquer dúvida ou se quiserem reivindicar cópia de alguma sindicância”, relata.

“Eu acho que é um direito de todo mundo denunciar e sair investigando. Eu estou muito tranqüilo. Tenho muito a falar”, completa.

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