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Capital

Falta de médicos no Nova Bahia sobrecarrega posto Cel. Antonino

Nyelder Rodrigues e Mariana Lopes | 21/04/2013 13:54
José Figueiredo mora a uma quadra do posto Nova Bahia, mas a falta de pediatras obrigou ele a levar o neto de três anos para ser atendido no Cel. Antonino (Foto: Marcos Ermínio)
José Figueiredo mora a uma quadra do posto Nova Bahia, mas a falta de pediatras obrigou ele a levar o neto de três anos para ser atendido no Cel. Antonino (Foto: Marcos Ermínio)

O problema da saúde pública em Campo Grande segue a causar transtornos à população da Capital. Mesmo nos principais postos de saúde, a falta de médicos faz com que as filas sejam de longa espera.

Conforme apurou o Campo Grande News nesta manhã, o grande gargalo está na pediatria, como de costume. No posto do Nova Bahia, há apenas três clínicos gerais.

O local conta com pediatras até às 18h de sábado e depois, volta a ter atendimento da especializada somente na segunda-feira. Além da falta de médicos, a rispidez no atendimento feito pelos funcionários também incomoda os pacientes.

Com isso, uma grande parte da população que não pode ser atendida no Nova Bahia, acaba tendo de ir ao posto do Coronel Antonino. Ambos os postos ficam na região Norte da Capital, mas tem capacidade para atender determinadas áreas dentro dessa região.

No Coronel Antonino, há cinco clínicos gerais e quatro pediatras. Um dos cidadãos que precisou recorrer ao posto foi José Figueiredo, de 65 anos. Ele levou o neto de três anos para atendimento.

Ele reclama de ter que ir ao posto da Coronel Antonino, já que mora a apenas uma quadra do posto do Nova Bahia. “Tem pediatra durante a semana lá, mas aí a criança não pode ficar doente no final de semana?”, criticou Figueiredo, argumentando que um posto grande, como o do Nova Bahia, não deveria ficar sem médicos.

Já a mulher dele de José, Iara Faustino, 53 anos, afirma que no Nova Bahia está pior a situação, que mesmo ficando mais longe, prefere levar o neto no Coronel Antonino.

Outro que estava no posto com crianças é Geovane Alves, de 29 anos, que mora no Novos Estados mas teve que levar o filho para atendimento médico, pois ele estava com vomitando, no Cel. Antonino.

“Já trouxe ele ontem, examinaram e colocaram no soro. Demorou cerca de uma hora para atender. Mas ele continua vomitando”, explica Geovane, que completa. “O único recurso é aqui, já que no Nova Bahia não tem pediatra”.

Enquanto isso, a situação de Jéssica Caceres, 20 anos, é inversa. Ela aguarda por atendimento no Nova Bahia, e reclama que mesmo tendo pouca gente no local, a demora é longa. “Se tem médico deve ficar lá dentro tomando café. Já cheguei a ficar das 13h às 16h esperando. Se você não chega aqui quase morrendo, não é atendido”, reclama.

Além disso, ela conta que foi anteriormente ao posto do Coronel Antonino, mas saiu de lá com o braço machucado ao fazer uma coleta de sangue para exames.

A falta de médicos para cobrir as escalas de plantão também é vista no posto de saúde do bairro Guanandi. Lá, são quatro clínicos gerais, e nenhum pediatra. Conforme apurado, a média de espera lá é de 1h, mesmo com posto sem estar cheio. Nesta manhã, haviam 15 pessoas esperando por atendimento.

Entre elas está a jovem de 24 anos Maiqueli dos Santos Marcelino. Ela reclama que sempre demora o atendimento. “Antes de uma hora esperando, difícil ser atendido”, comenta.

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