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Capital

Família diz que HU negou atendimento a paciente por não chegar de ambulância

Gabriel Neris | 30/10/2012 22:38
Neto de Jeremias registrou as longas horas que o avô ficou a espera de atendimento (Fotos: Gleison Hugo Lopes)
Neto de Jeremias registrou as longas horas que o avô ficou a espera de atendimento (Fotos: Gleison Hugo Lopes)

Jeremias Pereira de Moraes, 78 anos, teve atendimento recusado no Pronto-Socorro do HU (Hospital Universitário) de Campo Grande por não ter chegado ao local de ambulância, segundo relatos da família.

De acordo com a esposa do aposentado, Alira Verão de Moraes, ele teve um princípio de AVC (Acidente Vascular Cerebral) na manhã desta terça-feira (30). O senhor foi ao posto de saúde do bairro Aero Rancho e recebeu rápido atendimento.“Ele tomou soro, remédio e injeção. Recebeu o encaminhamento, mas não tinha ambulância do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência)”, conta dona Alira.

De acordo com a dona de casa, o médico sugeriu que Jeremias fosse transportado de veículo particular, para que não houvesse demora esperando por ambulância, para ter atendimento de neurologista no HU. A esposa conta que o aposentado teve outro AVC há quatro anos.

Chegando ao hospital, por volta das 13h, os funcionários teriam recusado o atendimento. “Me disseram que eu teria que esperar porque assumi de trazer ele. Eu não assumi nada”, reclama.

Sem aguentar ficar em pé, uma cadeira de rodas foi disponibilizada para seu Jeremias. Foram mais de quatro horas sentado e reclamando de dores nas costas. “Sem comer nada, só tomando água que trouxe de casa”, conta a idosa.

Após mais de quatro horas esperando, o aposentado foi colocado numa maca para receber atendimento
Após mais de quatro horas esperando, o aposentado foi colocado numa maca para receber atendimento

Cuidando do marido ao lado do neto, Gleison Hugo de Moraes Lopes, 30, dona Alira conta que o médico ainda teria afirmado que a vaga do leito para receber o aposentado estaria aberta. “Ele poderia ter piorado”, observa Gleison.

A esposa de Jeremias afirmou que uma maca foi cedida após as 18h30. Quase uma hora depois, o aposentado foi encaminhado para atendimento.

A assessoria de imprensa do HU se pronunciou sobre o procedimento padrão e afirmou que os pacientes que não são encaminhados diretamente aos leitos, independente do veículo que transportou a vítima e a gravidade do caso, passam por triagem e podem ser medicados.

De acordo com a assessoria, a demora se refere à demanda de pacientes, que é maior do que a capacidade de atendimento.

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