ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  26    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Juíza proíbe Olarte de usar nome de igreja e manda mudar logotipo

Ex-prefeito da Capital usava a denominação de uma instituição religiosa da qual foi desligado há seis anos

Aline dos Santos | 28/08/2015 13:35
Prédio da igreja de Gilmar Olarte que deve trocar de nome (Foto: Edivaldo Bitencourt)
Prédio da igreja de Gilmar Olarte que deve trocar de nome (Foto: Edivaldo Bitencourt)
Após ser afastado da prefeitura, Olarte perde mais uma batalha na Justiça (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Após ser afastado da prefeitura, Olarte perde mais uma batalha na Justiça (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Afastado da prefeitura de Campo Grande por ordem judicial, o pastor Gilmar Olarte (PP) sofreu derrota jurídica em âmbito religioso. A igreja fundada por ele foi proibida de utilizar a marca e o logotipo de ADNA. O nome terá que ser retirado da fachada da matriz, em Campo Grande, no prazo de 48 horas.

A decisão da juíza da 2ª Vara Cível, Sílvia Eliane Tedardi da Silva, também proíbe a utilização da marca ADNA e do logotipo (duas alianças entrelaçadas) em meio escrito, falado, mídia eletrônica, banners, outdoor e letreiros.

A liminar foi concedida a pedido da igreja evangélica ADNA (Assembleia de Deus Nova Aliança) – Ministério Santa Cruz, com sede em Cuiabá, capital do Mato Grosso, fundada em 2002. A defesa da autora alega que a marca e o logotipo são utilizados sem autorização pela ADNA do Brasil, com sede em Campo Grande e fundada por Gilmar Olarte em 2009. No caso da Capital, foi acrescentado um mapa do País ao logotipo.

A igreja com sede em Cuiabá informa que a unidade de Campo Grande foi notificada judicialmente em 10 de fevereiro de 2010, mas prosseguiu com a o uso irregular do nome. As tentativas amigáveis de acordo também foram frustradas.

Agora, a representante do Mato Grosso alega que o prejuízo foi ampliado com a operação ADNA, realizada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) e tendo como alvo Olarte. As denúncias tiveram repercussão nacional e foram mostradas no Fantástico, programa da Rede Globo.

“A ADNA, autora desta ação, tem se desdobrado para explicar a todos seus membros, e à população em geral, que não tem a ver com a igreja homônima de Mato Grosso do Sul”, informa no processo. A igreja com sede no Estado vizinho tem oito mil membros.

Na ação, a ADNA esclarece que Gilmar Olarte procurou a congregação em 2006. Ele e outros pastores se tornaram membros, mas Olarte foi desligado em 2009 por “entendimentos e condutas inadmissíveis”. A igreja também negou ao então pastor autorização para batizar com o mesmo nome o templo que pretendia fundar em Campo Grande.

A liminar foi concedida na última segunda-feira e publicada hoje no Diário da Justiça. Em caso de descumprimento, a multa diária é de R$ 5 mil.

A reportagem não conseguiu contato com Olarte e nem com a ADNA do Brasil.

Nos siga no Google Notícias