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Capital

Justiça ouve 10 testemunhas de defesa em caso de professor morto

Luana Rodrigues | 22/07/2015 12:27
Vítima foi morta com tiro no tórax nesta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)
Vítima foi morta com tiro no tórax nesta manhã. (Foto: Marcos Ermínio)


O juiz da 2ª Vara Criminal da Justiça Estadual de Mato Grosso do Sul irá ouvir dez testemunhas de defesa sobre o caso do professor de informática Bruno Soares Santos, de 29 anos, que morreu com um tiro no peito, na manhã de 16 março deste ano. A audiência está marcada para a próxima terça-feira(28). O acusado de ter cometido o crime, Francimar Câmara Cardoso, 30 anos, permanece preso.

No dia 22 de junho, foram ouvidas duas testemunhas de acusação. Conforme o advogado que acusa o autor, Valdir Custódio da Silva, são pessoas que presenciaram o crime, que em depoimento deram detalhes de como tudo ocorreu. Custódio acredita que as testemunhas de defesa não devem trazer nenhuma novidade ao caso. "A prova acusatória é extremamente sólida. Imagino que sejam testemunhas de referência, já que sobre o fato não há dúvidas", explicou.

Para o advogado, as testemunhas devem relatar o relacionamento entre Francimar e a esposa dele, de 32 anos, já que o autor teria matado Bruno, depois que ele abusou da mulher.

Bruno tinha 29 anos (Foto: Reprodução/ Facebook)
Bruno tinha 29 anos (Foto: Reprodução/ Facebook)

Crime - O homicídio ocorreu por volta das 07h30, na escola de cursos técnicos onde o professor de informática trabalhava, localizada na Rua Maracaju, entre a 13 de Maio e a 14 de Julho. Francimar chegou ao local e disse na recepção que queria se matricular em algum curso, mas que teria de ser com Bruno. Quando a vítima se apresentou, ele saiu, foi até o carro, pegou uma arma de cano longo e efetuou o disparo fatal.

Abuso - O suposto abuso a mulher de Francimar, teria acontecido no dia 23 de fevereiro, não muito distante da escola. Segundo a mulher, na ocasião, o também personal trainer e colega de trabalho dela foi até o ponto de ônibus na Rua Maracaju, próximo à Avenida Calógeras, onde ela estava. Ele teria a agarrado à força e a levado a um corredor abandonado onde cometeu os abusos. Por razões que ainda estão sendo apuradas, a mulher registrou a ocorrência apenas em 6 de março, na Casa da Mulher Brasileira, no Jardim Imá.

Outros casos – Em 2010, três pessoas registraram boletins de ocorrência contra Bruno, segundo dados fornecidos pela assessoria de imprensa da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. No primeiro caso, de ato obsceno, o registro informa que ele parou o automóvel, um GM Corsa preto de quatro portas, e pediu informações para uma jovem de 21 anos que aguardava no ponto de ônibus na Rua Presidente Café Filho, no Bairro Almeida Lima. Quando ela se aproximou, ele mostrou o órgão genital e disse palavras de baixo calão, indo embora em seguida.

Em junho, na região da Vila Planalto, na Avenida Júlio de Castilho, teria abordado uma moça também de 21 anos e a forçado a entrar em seu carro, tentando beijá-la à força. Ela conseguiu tirar a chave da ignição e fugir – caso registrado como importunação ofensiva ao pudor. Em outubro, voltou a mostrar seu órgão, desta vez para duas adolescentes que transitavam pela Júlio de Castilho, cruzamento com a Barão de Ladário, na Vila Sobrinho.

Ele não foi intimado ou preso porque os atos cometidos foram entendidos como “de menor potencial ofensivo”, alega a Polícia. A delegada explica que a importunação ofensiva ao pudor nem chega a ser crime. “É uma contravenção penal e por isso não leva a prisão. É feito um termo circunstanciado e o caso é encaminhado para o juizado especial”, explicou.

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