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Capital

Justiça ouve 10 testemunhas sobre quadrilha que assinou casal para roubar carro

Viviane Oliveira | 08/11/2012 18:55
Os quatro envolvidos no latrocínio. (Foto: Minamar Júnior)
Os quatro envolvidos no latrocínio. (Foto: Minamar Júnior)

A audiência do processo por roubo seguido de morte contra uma quadrilha que matou a estudante Luzia Barbosa Damasceno Costa, 25 anos, e do empresário Alberto Raghiante Junior, 55 anos, no dia 4 de julho deste ano, na estrada Três Barras, na saída para São Paulo, foi marcada por revolta na tarde desta quinta-feira (8) na 5ª Vara Criminal, em Campo Grande.

O casal foi rendido quando estava dentro do veículo de Alberto e os corpos foram encontrados em um matagal. O carro foi levado para o Paraguai.

Os filhos do empresário, uma adolescente de 15 anos, e Guilherme Volpe Raghiante, 18 anos, a pedido deles, assistiram à audiência do começo ao fim. Eles estavam acompanhados da mãe, ex-mulher do empresário e de uma tia. No total 12 pessoas foram intimadas a depor, cinco testemunhas de acusação e cinco de defesa. Duas testemunhas, amigas de Luzia, não compareceram.

Dos cinco envolvidos no crime, quatro foram ouvidos hoje: Neidinaldo do Nascimento da Silva, Sidney Portilho da Silva, Julielton Aparecido Gonçalves e Antônio do Santos Vaes.

Também foi ouvido o militar do exército, Marcelo Araújo Santos, conforme a denúncia, ele foi preso por tráfico de drogas na casa de Neidinaldo, porém não tem participação no crime de latrocínio. Outro acusado de participação, Marcus Vinicius Rosa Pontes, conhecido por Paraná, está foragido.

A audiência, que durou mais de 3 horas, teve choro, emoção e revolta. A prima de Luzia, Martha José Damasceno, 39 anos, se emocionou ao ver os acusados. “Eles acabaram com a vida de uma família, a Luzia ajudava a mãe e um irmão deficiente”, disse.

Conforme o filho do empresário, Guilherme, durante o depoimento dos acusados teve divergências, mentiras e histórias que não batiam uma com a do outro. “Eu espero que eles paguem pelo crime que cometeram. Eles não foram piedosos com o meu pai e eu quero que a justiça não seja com eles”, desabafa.

Da direita para esquerda, o filho do empresário, Guilherme com a mãe e a tia. Por último, Martha, prima de Luzia. (Foto: Viviane Oliveira)
Da direita para esquerda, o filho do empresário, Guilherme com a mãe e a tia. Por último, Martha, prima de Luzia. (Foto: Viviane Oliveira)

Participação de cada um - De acordo com a denúncia do MPE (Ministério Público Estadual) a ordem para o assalto foi dada via mensagem de celular enviada de dentro do Presídio de Segurança Máxima para Neidinaldo, assassino confesso do casal.

“Ai vc e o mano que vai com vcs tem que pegar e levar a vítima e amarrar bem amarrado já na saída para SP e chegando lá vc vai largar na mão dos...”, texto enviado para Neidinaldo. A mensagem foi enviada por Antônio, mandante do assalto.

Marcus Vinicius, conhecido por Paraná, estava junto com Neildinaldo no local do crime. Sidney, dono de um Corsa branco, foi junto com Neidinaldo buscar Julielton no terminal rodoviário. Julielton levaria o carro para o Paraguai.

O militar do Exército, Marcelo, foi preso na casa de Neidinaldo, dono de uma boca de fumo no bairro. Segundo a denúncia, ele não tem participação no crime e está sendo acusado por tráfico de drogas. Ele está detido no Presídio do Militar.

Durante depoimento, Neidinaldo disse que a intenção não era matar, mas como estava sob efeito de drogas ficou com medo do casal o reconhecer. A pena para o crime de latrocínio é de 20 a 30 anos de prisão. Como são dois pode aumentar a pena.

O caso - O casal foi rendido quanto estava dentro do carro de Alberto, um Azera, na avenida Costa e Silva. Alberto e Luzia foram levados para um matagal na avenida Três Barras e lá foram mortos a tiro. O veículo foi levado para o Paraguai e lá encontrado.

A ordem para o crime foi dada por mensagem de celular pelo presidiário, Antônio dos Santos Vaes, que foi indiciado pelo crime. Neidinaldo Nascimento da Silva, 20 anos, foi quem cumpriu a ordem e confessou o crime.

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