Lagoa Rica não tinha sequer apresentado projeto de segurança
Balneário foi interditado ontem, após morte de adolescente por afogamento
O balneário Lagoa Rica, interditado ontem após a morte de um adolescente por afogamento, está funcionando irregularmente e não tinha apresentado ao Corpo de Bombeiros projeto de segurança, contrariando o que informou ontem o gerente do clube. A interdição segue até as irregularidades serem sanadas.
Ontem, o gerente, Zildo Vasconcelos, disse que o balneário tinha tanto o alvará da Prefeitura quanto o certificado de vistoria dos bombeiros, mas a papelada, segundo ele, ficava num escritório fora do local, na saída para Três Lagoas. Hoje, porém, o setor responsável no Corpo de Bombeiros informou que a vistoria é feita depois de apresentado projeto de segurança pelo estabelecimento e nem isso foi feito pelo balneário.
Na tarde de ontem, após a morte de Marcos Vinícius Borges de Castro Leal, de 16 anos, minutos após chegar ao lugar com a família, o balneário foi interditado por falta de condições de segurança. Não havia coletes salva-vidas, bois de demarcação para informar as áreas perigosas nem foi comprovada a presença de profissionais guarda-vidas, que deveriam ser pelo menos 4, dada a área da lagoa.
A reportagem do Campo Grande News esteve no local e a única pessoa identificada como guarda-vidas não quis conversar. O homem estava com uma lata de cerveja na mão.
O inquérito sobre a morte do estudante, registrado ontem no plantão da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) vai ser conduzido pelo 4º Distrito Policial, nas Moreninhas. O titular da delegacia, Devair Aparecido Francisco, informou que a investigação ainda não foi repassada à unidade.
Ninguém da administração do balneário foi localizado hoje, por telefone, para comentar o assunto.