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Capital

Menina quebra o braço em 3 partes e fica na escola 2 horas sem socorro

Viviane Oliveira e Helton Verão | 23/04/2013 18:51
Menina com braço engessado. (Foto: Marcos Ermínio)
Menina com braço engessado. (Foto: Marcos Ermínio)

Mãe de uma menina de 5 anos, a diarista Suelen Marques Alves, de 26, denuncia a Escola Municipal Professora Eulália Neto Lessa por omissão de socorro. Na última quarta-feira (17) a filha dela foi empurrada durante o intervalo por uma colega, de 6 anos. A criança caiu, quebrou o braço em três lugares e só foi socorrida 2h depois, quando ela chegou na escola para buscar a filha.

A menina foi empurrada por volta das 15h por uma aluna da mesma sala, que tem Síndrome Donw. As 17h, horário da saída dos alunos, Suelen foi buscar a filha como de costume, quando a garota começou a chorar de dor após um abraço na mãe.

Ao ser informada pela filha do que havia acontecido, Suelen que não tem condução, foi para casa de uma vizinha pedir ajuda. As duas foram levadas para a Santa Casa. Lá após cirurgia, o medíco colocou pino e engessou o braço da menina.

De acordo com Suelen, a criança vai ficar por pelo menos 20 dias de atestado. A mãe já pediu a transferência dela para outra instituição. “Como a escola não percebeu que minha filha estava com o braço quebrado. Ela ficou duas horas chorando de dor”, lamenta.

Além disso, os pais da menina estão tendo que arcar com toda a medicação que foi receitada pelo médico. Sem poder trabalhar, a mãe reclama que deixa de ganhar R$ 80 por dia com o trabalho de diarista. “Nós estamos dependendo apenas da renda do meu esposo, que é de um salário mínimo”, disse Suelen, que tem mais uma fillha de 2 anos.

Hoje à tarde, a direção da escola fez uma reunião com os pais dos alunos envolvidos. O pai da aluna especial, o autônomo Natal Vitalino Moraes, de 43 anos, disse que já avisou a escola que a filha precisa de uma pessoa para acompanhá-la durante as aulas.

Outra coisa que o Natal reclama é da estrutura da escola. Segundo ele o local tem muita elevação, escadas e degraus. “Por ser uma escola municipal, onde tem muita criança, não deveria ser assim. Qualquer queda pode resultar em uma fratura”.

A reportagem entrou em contato com a escola e com a assessoria de imprensa da Semed (Secretaria Municipal da Educação), mas até o fechamento não obteve resposta.

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