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Capital

Morador vive há seis meses com risco de desabamento de casa

Aliny Mary Dias | 07/09/2013 14:16
Nilton quer dormir em paz após seis meses de preocupação  (Foto: Cleber Gellio)
Nilton quer dormir em paz após seis meses de preocupação (Foto: Cleber Gellio)

Há pelo menos seis meses, um morador de Campo Grande deixou de dormir em paz em razão do risco de desabamento da casa onde ele mora. Nilton Felix, de 32 anos, é engenheiro eletricista e há 7 anos comprou um casa na Rua São Heládio, no bairro Jardim Seminário em Campo Grande.

Os R$ 45 mil referente a casa foram financiados em 15 anos e a metade das parcelas que giram em torno de R$ 300 já foi paga. Os problemas começaram em julho do ano passado quando uma construção em um terreno que faz fundos com a casa de Nilton e o grande volume de chuvas ocasionou rachaduras na casa.

Em fevereiro desse ano, a situação se agravou e as rachaduras, que antes eram pequenas, ficaram mais largas e a cozinha “afundou” causando um desnível e estufamento do piso. “Eu cheguei a dormir na rede da varanda e durante a noite escutava a minha casa rachar”, diz.

Na varanda uma grande rachadura pode ser vista de longe. A cozinha é o local com mais problemas, além do piso, o azulejo rachou e é possível até ver o terreno do vizinho através da rachadura. No quarto de Nilton, a laje apresentou problemas e rachaduras são visíveis.

Com as rachaduras, a infiltração está presente em toda a residência. Assustado com a situação, Nilton chegou a convidar um amigo engenheiro para fazer uma vistoria informal na residência. “Ele atestou que a situação é gravíssima e a casa corre risco de desabamento”, conta.

Diante dos problemas, o engenheiro procurou a Caixa Econômica Federal, proprietária do imóvel, para que alguma providência fosse tomada. “Tive problemas para ser atendido por eles, demorou bastante tempo e depois me disseram que precisavam de um laudo de vistoria para que as providências fossem tomadas”.

Nilton procurou um quartel do Corpo de Bombeiros e foi informado que a vistoria só poderia ser realizada pela Defesa Civil de Campo Grande. O proprietário da casa conta que foi atendido mais de cinco vezes por atendentes da defesa, mas que não teve o problema resolvido.

Móveis foram encaixotados por medo de morador (Foto: Cleber Gellio)
Móveis foram encaixotados por medo de morador (Foto: Cleber Gellio)
Piso chegou a quebrar por conta de rachaduras e desnível (Foto: Cleber Gellio)
Piso chegou a quebrar por conta de rachaduras e desnível (Foto: Cleber Gellio)

“Eu estou nas mãos da Defesa Civil e sinto que tratam minha situação com pouco caso. Eu tenho medo dessa casa cair na minha cabeça e eu não tenho pra onde ir”, conta.

Preparado para uma possível saída às pressas, Nilton já vendeu móveis da casa e encaixotou a maioria dos que restaram. Apenas o quarto continua com a mobília original, comprada há 7 anos. De acordo com o morador, outros vizinhos tiveram problemas por conta do aterramento feito por outro vizinho.

Os moradores tentaram contato com o dono do terreno que estaria preparando o local para construir casas de aluguel, mas o homem não foi encontrado e os vizinhos dizem que a obra foi paralisada.

Sem ter o que fazer, o proprietário dorme com medo e espera do poder público uma solução para o caso. “Eu sou um cidadão que paga impostos e espero que me atendam. Eu só quero dormir em paz”, desabafa.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com a Defesa Civil e o gerente de operações, Hélio Daher, afirmou que a vistoria estava marcada para a manhã de ontem (6), mas um incidente mais grave fez com que as duas equipes do órgão passassem o dia em outro atendimento.

Segundo a Defesa Civil, a vistoria para confecção do laudo de constatação estava marcada para as 9 horas da próxima segunda-feira (9), mas a equipe do órgão afirma que irá fazer a vistoria ainda neste sábado (7).

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