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Capital

Moradores e comerciantes reclamam de andarilhos na Praça do Índio

Paula Vitorino e Mariana Lopes | 21/01/2013 12:11
De manhã, homens bebem cachaça na praça. (FotoS: Rodrigo Pazinato)
De manhã, homens bebem cachaça na praça. (FotoS: Rodrigo Pazinato)

Ponto turístico de Campo Grande e de encontro para os moradores que procuram alimentos típicos, a Praça dos Índios, como é mais conhecida a Praça Oshiro Takimori, em frente ao Mercadão, está abandonada e virou abrigo para usuários de droga e álcool, de acordo com denúncia de comerciantes e moradores da região.

“Que vergonha para Campo Grande. Está completamente abandonada e virou local de moradia permanente de zuqueiros, traficantes, cachaceiros, trombadinhas e moradores de rua de diversas outras ocupações que tornam a vida dos comerciantes, taxistas e turistas um verdadeiro inferno diário”, reclama o taxista José Avelar.

As indígenas que comercializam os produtos típicos do Estado, produzidos nas aldeias, reclamam que não tem “sossego” com os andarilhos. Vanda Albuquerque, de 45 anos, diz que as índias dormem nos quiosques, mas não conseguem ter tranqüilidade porque ficam com medo.

“O maior problema é que ficam gritando e chegam a furtar coisas nossas”, diz.

Outra índia, Feliciana Lemos, de 57 anos, diz que “é só apagar a luz e eles já começam”. Ela reclama dos furtos e da bagunça. “Ficam fazendo muito barulho, gritando, brigando entre eles mesmos. É isso a madrugada inteira”, diz.

Ela diz que as comerciantes têm medo e por isso não fazem nada contra a bagunça diária.

O vizinho da praça, Jhoannys Felix, de 22 anos, afirma que a situação de insegurança é constante. “A gente vive com medo de ser assaltado e furtado”, diz. Ele também reclama das pessoas que ficam pedindo dinheiro.

Policiais fazem patrulhamento na praça habitada por andarilhos.
Policiais fazem patrulhamento na praça habitada por andarilhos.

Passando o tempo Do outro lado, os indesejados frequentadores da praça dizem que ficam ali para “passar o tempo”. Na manhã de hoje, segunda-feira, a reportagem encontrou alguns homens bebendo cachaça no local.

“A gente está se divertindo. Pra mim o Ano Novo ainda não acabou, só vai acabar quando eu arrumar um trabalho”, diz Wilson Amaro, de 42 anos.

Ele diz que “todos aqui nos conhecemos” e conta que vão para o local passar o tempo e beber enquanto não arrumam um emprego.

O homem ainda diz que existe diferença entre os frequentadores. "Quem faz bagunça, arruma briga e furta coisa é o pessoal que usa droga, a gente só bebe", referindo-se ao fato de só usar droga lícita.

Responsabilidade – A praça fica em frente a um posto da Polícia Militar, que já funcionou dentro do espaço. O tenente Andrew Nascimento explica que a questão no local é “mais social do que criminal”.

Isso por que a maioria dos andarilhos da praça não comete nenhum ato que pode ser considerado crime. Desempregados, viciados e sem moradia, eles ficam na rua usando drogas.

“A maioria da reclamação é por perturbação. Eles brigam entre eles mesmos, bebem e causam tumulto”, diz.

O tenente frisa que policiamento existe constantemente no local. Segundo ele, equipe de dois a três policiais fazem o patrulhamento na praça, no Mercadão e no Camelódomo.

A reportagem entrou em contato com a assessoria de imprensa da Prefeitura para saber sobre a conversação do espaço, mas ainda não obteve retorno.

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