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Capital

"Nem dormi", diz moradora que teve casa atingida por tiros em confronto

Denis Rodrigues Flores Medeiros, o "Tigrão do PCC", reagiu a abordagem e foi morto após troca de tiros

Por Dayene Paz e Antonio Bispo | 28/03/2024 10:38
Tiro no portão de casa na Vila Bandeirantes. (Foto: Henrique Kawaminami)
Tiro no portão de casa na Vila Bandeirantes. (Foto: Henrique Kawaminami)

Dia seguinte depois da troca de tiros entre policiais militares e Denis Rodrigues Flores Medeiros, o "Tigrão do PCC", na Vila Bandeirantes, em Campo Grande, a moradora que teve a casa atingida por disparos descreve o medo após o episódio. "Quase nem dormi, porque estava preocupada com tudo isso que aconteceu", disse ao Campo Grande News, na manhã desta quinta-feira (28).

Há 30 anos morando no mesmo local, a mulher disse que nunca viu nada igual. "Comecei a escutar os tiros, parecia rojão. Foi muito tiro mesmo. Quando eu saí, vi o homem caído aí na calçada, todo sangrando", afirma. Os policiais pediram que ela entrasse em casa. "Depois que eu saí de novo, estava lotado de policial e tinha uma mulher algemada, parece que ela estava com ele [Denis] também".

Mais marcas de tiros, no portão e muro da casa. (Foto: Henrique Kawaminami)
Mais marcas de tiros, no portão e muro da casa. (Foto: Henrique Kawaminami)

No portão e muro ficaram as marcas dos tiros. "Foi horrível, um susto bem grande. Estamos dentro de casa e acontece isso. Agora vamos ficar mais alertas", finaliza a mulher.

Entenda - Morto durante abordagem do Batalhão de Choque da Polícia Militar, "Tigrão do PCC" era investigado como suspeito pelo homicídio seguido por incêndio no prolongamento da Rua Engenheiro Paulo Frontim, estrada vicinal que liga o Jardim Los Angeles à BR-262, próximo ao aterro sanitário, em Campo Grande.

A informação foi anexada ao boletim de ocorrência que registrou a ação ocorrida nesta quarta-feira (27). Segundo informações apuradas pela polícia, Denis "[...] se vangloriava de ter cometido o ato em uma filmagem, onde aparecia colocando fogo num carro com o corpo em seu interior".

O caso aconteceu no dia 16 de março, sábado. Um Volkswagen Gol sem as placas ficou totalmente destruído com o incêndio. À época dos fatos, o cadáver que estava no banco traseiro não havia sido identificado.

Ainda segundo o boletim, Denis tinha mandado de prisão em aberto e era monitorado pela equipe de inteligência da corporação. Equipes foram acionadas após a informação de que ele iria praticar um crime em frente a uma agência bancária, na Avenida Bandeirantes.

Ao ser abordado, "Tigrão" tentou esconder-se atrás de um Volkswagen T-Cross, na tentativa de empunhar uma pistola 9 milímetros. No entanto, foi atingido pelos policiais e caiu sobre a calçada. Denis chegou a ser reanimado por cerca de 40 minutos, mas não resistiu aos ferimentos.

Com "Tigrão", a equipe da perícia encontrou documentos em nome de Gustavo Luis Augusto - nome falso utilizado por Denis. Os policiais foram até a casa do procurado e encontraram um fuzil e um veículo Mercedes. Denis respondia a processos por receptação, violência doméstica, roubo majorado e crimes de maior gravidade, como dois homicídios.

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