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Capital

Obra atrasa e interdição de rua já causa prejuízo a comerciante

Aliny Mary Dias | 17/09/2013 09:27
A previsão era que obras fossem concluídas há três dias  (Foto: Marcos Ermínio)
A previsão era que obras fossem concluídas há três dias (Foto: Marcos Ermínio)

Interditada há 49 dias, a Avenida Spipe Calarge, no bairro Rita Vieira, deve continuar fechada por pelo menos mais 20 dias. O prazo para o fim da obra, que promete ser definitiva para resolver os problemas de enchentes e desmoronamentos, terminou há três dias e causa prejuízos para comerciantes da via.

Há dois anos, a avenida foi interditada quatro vezes para obras de drenagem. A última interdição do dia 30 de julho, no entanto, foi prometida como a última e definitiva para por fim aos problemas vividos por comerciantes e moradores.

Segundo o chefe da Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação), Semy Ferraz, a dificuldade em terminar a obra está na construção da fundação final na rua. “Precisamos construir a tulipa, feita com tubos, se o tempo ficar firme, concluímos em 20 dias”, explica o secretário.

Atentos a cada evolução das obras estão os comerciantes que sofreram duros golpes e prejuízos nos últimos anos. Um exemplo do que a interdição de uma rua movimentada e que liga vários bairros pode impactar de forma negativa é o empresário Edson Gonçalves, de 58 anos.

Proprietário da empresa Auto Lub, especializada em troca de óleo de veículos e manutenção de ar condicionado, Edson conta que já registrou queda de 90% no movimento e enfrenta dificuldades.

“Meu movimento acabou, já tive que demitir dois dos meus três funcionários e as contas não esperam. Entrei em desespero e já pensei em parar as atividades da loja”, desabafa o empresário.

Edson teve prejuízos de 90% e já pensou em fechar comércio (Foto: Marcos Ermínio)
Edson teve prejuízos de 90% e já pensou em fechar comércio (Foto: Marcos Ermínio)

O investimento feito por Edson há dois anos não foi pequeno, sem revelar valores, ele conta que adquiriu o terreno e construiu a estrutura desde a fundação. Empréstimos bancários ajudaram a reunir o capital necessário para começar a empresa.

Com as interdições constantes, ao menos quatro nos últimos dois anos, Edson viu o negócio que prosperava começar a entrar em crise. “Eu tinha uma média de 10 clientes por dia, hoje no máximo um procura a minha loja. Tem dia que eu fico sentado aqui e olhando a obra durante todo o dia”.

Para diminuir os impactos, o comerciante chegou a construir uma placa com o dizer “Aberto até a Auto Lub”, para que os clientes saibam que a interdição não afetou o comércio. “Roubaram minha placa e eu não sei o que fazer”, afirma Edson.

A crise, segundo o comerciante, não atingiu somente o comércio dele. Outros empresários

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