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Capital

Para PF, campo-grandense era líder de grupo suspeito de terrorismo

Segundo investigações, Leonid dizia que o Brasil é um país neutro, mas que, no futuro, poderia se aliar às forças que combatem o EI

Luana Rodrigues | 02/09/2016 13:56
já cumpriu pena de 18 anos e oito meses de prisão por homicídio e roubos qualificados. (Foto: Reprodução/ Facebook)
já cumpriu pena de 18 anos e oito meses de prisão por homicídio e roubos qualificados. (Foto: Reprodução/ Facebook)

A Polícia Federal acredita que o campo-grandense Leonid El Kadre de Melo, codinome Abu Khalled El Kadri, era considerado uma liderança entre os suspeitos de terrorismo que cogitaram atacar o Brasil  nas olimpíadas Rio 2016. Detalhes da investigação foram revelados nesta sexta-feira (02) e mostram que os suspeitos cogitaram um ataque com armas químicas.

Conforme o Portal Uol, em mensagens interceptadas pela PF, Leonid convoca o grupo à "jihad" (luta) e sugere que todos se preparassem com treinamento em artes marciais e manuseio de armas de pequeno e médio portes, bem como de artilharia pesada, além da obtenção de recursos financeiros e humanos para enviar ao Estado Islâmico.

Ainda segundo o portal, Leonid dizia que o Brasil é um país neutro, mas que, no futuro, poderia se aliar às forças que combatem o EI.

Para a PF, os diálogos demonstram o engajamento e a liderança de Leonid. Há referências à bayat (juramento) a ser prestado ao EI, rotas para se chegar à região dominada pelo grupo e inúmeras citações a formas de contato seguras, como Telegram e grupos fechados de redes sociais.

Morte por contaminação – De acordo com o Uol, a investigação da PF mostra que Leonid e os outros 14 presos em julho pela Polícia Federal, na Operação Hashtag , teriam planejado matar centenas de pessoas por contaminação. O plano era despejar produtos químicos em uma estação de abastecimento de água.

As idéias terroristas eram discutidas por e-mail e pelo aplicativo Telegram, no grupo fechado Jundallah (Soldados de Deus, em português), com apologia ao grupo Estado Islâmico.

"Ótima oportunidade para matar americanos, iranianos, shiitas, saudis etc", disse um membro do grupo.
Todos foram enquadrados na Lei Antiterrorismo, que entrou em vigor no dia 18 de março.

Alisson Luan de Oliveira, usuário do perfil Allison Mussab, postou no Telegram a proposta do extermínio em massa. "Já imaginaram um ataque bioquímico, contaminar as águas em uma estação de abastecimento de água?"

Além do Telegram e do Facebook, o grupo usava e-mail para promover o Estado Islâmico e a luta contra "infiéis".

A PF tem até 9 de setembro para apresentar à Justiça Federal as análises do material apreendido.

O juiz do caso, Marcos Josegrei da Silva, renovou até o dia 18 deste mês a prisão temporária dos 12 primeiros suspeitos detidos. O prazo dos outros três termina no dia 9, mas pode ser prorrogado por mais um mês.

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