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Capital

PF encontra caminhões de Amorim no patrimônio da LD, sócia da Solurb

Aline dos Santos | 03/12/2015 15:56
LD é uma das donas da Solurb, que também está sendo investigada pela PF (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
LD é uma das donas da Solurb, que também está sendo investigada pela PF (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Laudo de perícia da PF (Polícia Federal) aponta o entrelaçamento entre as empresas LD Construções, que participa do Consórcio CG Solurb, e a Proteco Construções. De acordo com o laudo 1945/2015, foi “verificado que alguns dos veículos integralizados pela LD Construções Ltda, no Contrato Social, na verdade, pertenciam à Proteco Construções. Um dos proprietários da LD (ex Socenge Construções) é Luciano Potrich Dolzan, genro de João Amorim, dono da Proteco. As empresas são investigadas na operação Lama Asfáltica, realizada em julho pela PF (Polícia Federal).

Em 26 de julho de 2011, a LD Construções aumentou o capital social em R$ 21,9 milhões, sendo o valor de R$ 2,8 milhões relativos à máquinas e veículos. Em 2012, a empresa participou da licitação bilionária para gestão dos resíduos sólidos em Campo Grande. Uma das exigências da concorrência 66/2012 era capital social de R$ 53,8 milhões.

Conforme o documento da Polícia Federal, a relação de máquinas e veículos informados na integralização do capital social tem 34 itens, mas somente nove veículos estavam sob titularidade da “Socenge Construções Ltda/LD Construções Ltda” em 26 de julho de 2011. O levantamento tem como base dados do Detran/MS (Departamento Estadual de Trânsito).

“Nesse contexto, foi possível notar que a integralização de capital social também ocorreu informando-se veículos de propriedade de outras pessoas jurídicas, como no caso da Proteco Construções, totalizando para esta empresa, R$ 430.000,00”, diz o laudo da PF.

O consórcio CG Solurb também é formado pela Financial Construtora, cujo sócio proprietário é Antônio Fernando de Araújo Garcia. No relatório da operação, Amorim é apontado como sócio oculto de Araújo. Em gravação de 17 de fevereiro de 2014, ambos conversam e João pergunta se há novidades. Fernando responde que ligaram de lá (prefeito) e ele estava indo.

“Nos áudios depreende-se que ele teve um encontro com o Prefeito Municipal de Campo Grande, e aparentemente o assunto tratado foi a dívida que a Prefeitura tem com sua empresa de recolhimento de lixo, a CG Solurb”.

O capital - Os peritos concluíram que o capital social do consórcio CG Solurb era de R$ 3,598 milhões, ou seja, 6,6% do mínimo exigido (R$ 53,8 milhões) para participar da licitação, que previa faturamento de R$ 1,8 bilhão em 25 anos. O consórcio foi declarado vencedor do certame na gestão de Nelsinho Trad.

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