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Capital

Poda foi necessária para retirar lixo da margem do rio, diz prefeitura

Botânico recomenda que espécie seja retirada e árvores nativas plantadas no lugar

Yarima Mecchi | 23/02/2017 11:15
Árvores podadas na beira do rio Anhaduí. (Foto: André Bittar)
Árvores podadas na beira do rio Anhaduí. (Foto: André Bittar)

A Prefeitura de Campo Grande disse que a poda das árvores às margens do Rio Anhanduí foi necessária para que a limpeza no local fosse feita, devido à grande quantidade de lixo. De acordo com a assessoria de imprensa do município, as plantas são da espécie Leucaena leucocephala, considerada uma planta invasora.

Segundo pessoas que frequentam o cruzamento entre as avenidas Vereador Thyrson de Almeida e Ezequiel Ferreira Lima, no bairro Aero Rancho, equipes da prefeitura cortaram as árvores durante a semana. A princípio, a expectativa dos frequentadores do local era de que fosse realizada apenas a poda, mas o trabalho realizado foi mais do que isso.

Os moradores que vivem próximo das margens do Rio Anhaduí ficaram preocupados ao perceberem que as árvores foram praticamente retiradas, mas segundo a prefeitura em duas semanas as mudas devem voltar a crescer. "A poda foi algo excepcional para a limpeza do local, um caso a parte. As pessoas jogam lixo e foi necessário para retirar. Em duas semanas já estão maiores", informou a prefeitura por meio da assessoria. 

De acordo com o botânico, Arnildo Pott, a espécie tem que ser retirada e plantas nativas plantadas no lugar. "É uma planta terrivel, mata as plantas nativas. Tem que tirar mesmo. Entre a leucena e não ter nada, melhor ela. Mas esté invadindo matas ciliares naturais", afirmou.

Ainda tem lixo no local. (Foto: André Bittar)
Ainda tem lixo no local. (Foto: André Bittar)

Pott diz que em dois anos as mudas podem chegar a cinco metros e em caso que a raiz está plantada e a árvore é podada, em um ano pode chegar a três metros. "Cresce rápido, ainda mais se for assim na beira do rio. O recomendável é que plante árvore nativa. Mesmo as nativas sendo mais demoradas para crescer", ressaltou.

Ainda com base nas informações do botânico, há registros no Brasil de árvores da espécie que já chegam a cem anos.

Galhos podados ainda estavam no local na manhã desta quinta-feira. (Foto: André Bittar)
Galhos podados ainda estavam no local na manhã desta quinta-feira. (Foto: André Bittar)
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