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Capital

Prefeitura devolve prédio ‘detonado’ e hospital quer R$ 1,7 mi para reforma

ABCG, a mantenedora do instituição, cobra indenização na Justiça; ideia é transformar imóvel em ruínas em Escola de Saúde

Anahi Zurutuza | 25/10/2016 07:17
Pátio principal; imagem mostra pintura desgastada (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Pátio principal; imagem mostra pintura desgastada (Foto: Laudo pericial/Reprodução)

A ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande), mantenedora da Santa Casa, foi à Justiça contra a prefeitura para receber aluguéis atrasados e indenização por danos causados no prédio que abrigou, por dez anos, a Escola Municipal Osvaldo Cruz. A entidade pede ressarcimento de ao menos R$ 1,7 milhão.

A direção do hospital tem um plano ambicioso. A ideia é usar o dinheiro para reformar o imóvel, localizado em frente ao Mercadão Municipal e instalar a Escola de Saúde Santa Casa, onde funcionará inclusive uma faculdade de Medicina, além de cursos de pós-graduação e capacitações para os profissionais de enfermagem e outros trabalhadores da saúde.

Forro caído por conta da infestação de cupins, segundo perícia (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Forro caído por conta da infestação de cupins, segundo perícia (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Vidraças quebradas (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Vidraças quebradas (Foto: Laudo pericial/Reprodução)

Danos – De janeiro de 2005 a outubro do ano passado, o imóvel que pertence à ABCG foi ocupado pelo colégio. Contudo, segundo a associação, nestes dez anos, o prédio sofreu degradações e não recebeu a manutenção devida. Quando foi devolvido, estava completamente “detonado”.

“O prédio foi entregue em escombros, depredado e sem qualquer condição de utilização”, destacou a defesa da associação no processo. A mantenedora da Santa Casa pediu que perícia fosse feita no local e ficou constatada a necessidade de R$ 1.376.970,00 para revitalizar o imóvel.

O prédio foi entregue, conforme os peritos, sem portas nos banheiros, sem torneiras, pichado, tomado por mato, com a pintura em péssimo estado, paredes e teto destruídos. A parte elétrica e hidráulica também precisa de reparos e além disso, cupins tomaram conta da estrutura.

Hospital-escola – Para conseguir abrir o quatro curso de Medicina em Campo Grande, vários projetos já foram colocados em andamento pela ABCG. “Contratamos uma assessoria para nos ajudar a transformar a Santa Casa em um hospital-escola. Este processo vai levar cerca de 20 meses. Esta é uma das primeiras providências que temos de tomar para abrir o curso de Medicina”, explica o presidente da ABCG, Esacheu Nascimento.

Além disso, a associação firmou convênio com a Faculdade de Ciências Médica de Minas Gerais para a abertura das especializações de treinamentos. “A nossa ideia é ter alguns destes cursos funcionando já em 2017, não necessariamente no nosso prédio”, concluiu o presidente.

Fechaduras danificadas (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Fechaduras danificadas (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Cupim do teto (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
Cupim do teto (Foto: Laudo pericial/Reprodução)
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