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Capital

Prefeitura reduz investimento em 83% e gasto com pessoal cresce 53%

Edivaldo Bitencourt | 20/05/2015 16:15
Obra de pavimentação no Bairro Mata do Jacinto está na fase de conclusão  (Foto: Marcelo Calazans)
Obra de pavimentação no Bairro Mata do Jacinto está na fase de conclusão (Foto: Marcelo Calazans)

Sem dinheiro para tocar obras, a Prefeitura Municipal de Campo Grande reduziu em 83% o investimento no primeiro bimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2014. No entanto, os gastos com pessoal praticamente dobraram no mesmo período.

A Capital entra pelo terceiro ano consecutivo com obras paradas em decorrência do contingenciamento financeiro. A crise começou em 2013, logo após a posse do então prefeito, Alcides Bernal (PP). No primeiro bimestre do ano passado, houve o processo que culminou na primeira cassação da história da cidade, ocorrida no dia 12 de março do ano passado.

Neste ano, conforme o balanço divulgado hoje, a restrição orçamentária comprometeu os investimentos nos meses de janeiro e fevereiro. Foram R$ 20,5 mil neste ano, redução de 83% em relação aos R$ 1,2 milhão do ano passado.

Apesar da contenção de despesa, Gilmar Olarte (PP) conseguiu dar prosseguimento a algumas obras, como a pavimentação do Bairro Mata do Jacinto, na saída para Cuiabá. Operários trabalham na conclusão do meio fio.
A restrição orçamentária reflete nas obras de novos centros de educação infantil, unidades básicas de saúde, das UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e até do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), como a do Bálsamo, que está em fase de desapropriação para ter seguimento.

Na manhã de hoje, durante sessão comunitário no Jardim Noroeste, na saída para Três Lagoas, o secretário municipal de Infraestrutura, Valtemir Alves de Brito, disse que o município está passando por um problema econômico. Ele previu que a situação poderá piorar com a contenção no Orçamento federal, que poderá chegar a R$ 80 bilhões. A presidente da República, Dilma Rousseff (PT), pode definir o montante até amanhã.

No entanto, apesar das dificuldades, ele promete retomar algumas obras, como a construção da Praça da Juventude e da Unidade Básica de Saúde do Jardim Noroeste.

Por outro lado, houve aumento de 53% nos gastos com pessoal, que saltaram no bimestre de R$ 193,9 milhões para R$ 296,9 milhões. O aumento reflete os reajustes previstos em lei aprovada no último ano de Nelsinho Trad (PMDB).

O maior impacto foi no salário dos professores, que passaram a receber o piso nacional para jornada de 20 horas.
Este aumento no gasto com pessoal é o principal argumento do prefeito para não conceder reajuste salarial neste ano aos 22 mil funcionários públicos municipais. Olarte argumenta que o crescimento excessivo dos gastos fez com que o gasto atingisse 52% da receita, o máximo permito pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

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