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Capital

Projeto leva cidadania a bairro mais violento de Campo Grande

Paulo Fernandes e Paula Maciulevícius | 28/05/2011 14:06
Crianças fazem atividades em projeto do MPE (Foto: João Garrigó)
Crianças fazem atividades em projeto do MPE (Foto: João Garrigó)

Projeto do MPE (Ministério Público Estadual), realizado pela Promotoria de Justiça do Tribunal do Júri e a Ouvidoria do Ministério Público, levou, neste sábado, cidadania ao bairro mais violento de Campo Grande.

Em sua 2ª edição, o projeto “Não morra tão cedo” aconteceu na Escola Municipal Padre Thomaz Giraldelli, no Bairro Dom Antônio Barbosa, e tem como principal objetivo o combate à violência na região. A escola foi escolhida justamente por estar em uma região líder em número de homicídios na Capital.

Um menino de 10 anos fala com naturalidade sobre a guerra entre gangues de bairros rivais. “O bicho pega porque o Parque do Sol mata os daqui e a gente mata os de lá”.

Para o promotor Douglas dos Santos a grande preocupação se dá por conta dessas crianças que crescem no meio da violência. “Aqui (Dom Antônio Barbosa) sempre foi uma região violenta. Para eles, homicídio é uma coisa normal. O que interessa é trabalhar para que eles não acreditem na impunidade”, afirmou.

A maior preocupação do promotor é de que as crianças não cresçam com uma ideia de impunidade. “Esperamos que esses mesmos garotos, quando tiverem 14 anos, em vez de falarem em quem matou e em quem morreu, possam falar quem está preso”.

Douglas dos Santos conta que o projeto surgiu há 2 anos por meio de levantamento de dados feitos desde 2005, nas regiões com maior índice de crimes.

Os estudos apontam que 3 coisas precisam ser feitas para combater a criminalidade: a aproximação com a comunidade; o controle do consumo de álcool e o monitoramento de indicadores de qualidade de vida, como saúde e assistência social.

Douglas dos Santos antecipou que em uma terceira etapa do projeto, haverá uma parceria entre promotoria e donos de bar no controle da venda de bebidas alcoólicas.

A diretora Angélica Dias de Oliveira explicou que a escola cedeu espaços para o projeto e para parceiros como a Funsat (Fundação Social do Trabalho), Procon, Polícia Militar e projetos de saúde.

Ela destaca o projeto oferece oportunidade para a população ter os serviços “É difícil a pessoa sair do bairro para tirar uma carteira de trabalho, por exemplo”, diz.

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