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Capital

Quatro anos depois, acusado de matar namorado continua alegando inocência

Filipe Prado | 10/06/2015 10:01
Christian apontou que matou Onivaldo, mas alega que acreditava que ele só havia desmaiado (Foto: Arquivo)
Christian apontou que matou Onivaldo, mas alega que acreditava que ele só havia desmaiado (Foto: Arquivo)

No segundo julgamento, o acusado de matar Onivaldo Rocha Mengual, 47 anos, Christian Rodrigues Simplício, 21, na época do crime com 18, voltou a afirmar que matou o namorado, mas alegou que acreditava que ele estava somente desmaiado. O crime, motivado por ciúmes, ocorreu na noite do dia 29 de novembro de 2011, sendo que o corpo da vítima foi encontrado dois dias depois.

O primeiro julgamento aconteceu em outubro de 2013, quando o réu foi condenado à pena de 15 anos de prisão, mas a defesa recorreu e o TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) anulou o julgamento, apontando que os jurados foram contrários às provas apresentadas.

O relacionamento durou somente quatro meses, conforme o depoimento de Christian. Ele apontou que Onivaldo sentia muito ciúmes dele e que não o deixava sair de casa, escondendo as chaves do apartamento. Ainda revelou que a vítima não gostava que ele saísse para realizar programas sexuais, que na época seria a sua profissão.

No dia do crime, os dois haviam bebido, contou Christian, e começaram a brigar. Onivaldo empurrou o namorado e tomou as chaves que estavam com ele, momento em que o acusado correu para o quarto.

A vítima foi até o quarto e tentou esfaquear o acusado, mas o rapaz se protegeu, derrubou a faca e usou o fio de um ventilador para asfixiar Onivaldo. Quando percebeu que o namorado estava desacordado, pegou as chaves e fugiu de casa, voltando dois dias depois, quando percebeu que a vítima havia morrido, fugindo novamente.

“Eu voltei para conversar, pois pensei que eles estava só desmaiado. Não sabia que ele estava morto”, declarou o acusado. Na época, a polícia encontrou a vítima com uma corda de varal e amarrado com fio de um ventilador. Ao confessar o crime na delegacia, Christian disse que agiu em legítima defesa, pois era mantido em cárcere privado por Onivaldo, que não permitia que o jovem fizesse programas.

Mas durante o depoimento no Tribunal do Júri, Christian afirmou que saía de casa sempre que zeladora, amiga da vítima, abria a porta, mas voltava porque não tinha lugar para morar.

O crime teria sido cometido por motivo torpe, motivadas pelo ciúme, tendo um agravante do meio cruel, causando o estrangulamento de Onivaldo até a morte. A sentença deve ser proferida até o final da tarde de hoje (10).

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