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Capital

Reuniões indicam ruptura de contrato com a Assetur e abertura de nova licitação

Fabiano Arruda | 07/07/2011 10:31

Situação deve ser definida na semana que vem

Faixa já sinaliza corredor de ônibus na Capital.
Faixa já sinaliza corredor de ônibus na Capital.

As negociações entre a prefeitura de Campo Grande e a Assetur sobre a exploração dos corredores de ônibus apontam para a ruptura do contrato e abertura de nova licitação para contratação de outra empresa.

A argumentação da Assetur é que os investimentos exigidos pela Prefeitura para execução do projeto, como ampliação da frota, com ônibus articulados e veículos com câmera, são altos para o contrato que dura mais três anos.

A empresa, então, pede a prorrogação do contrato ou o aumento da tarifa. A prefeitura, por outro lado, disse ser impossível a renovação do contrato por questões jurídicas, bem como descartou novo reajuste da tarifa.

“Eles vão ter que se adaptar porque eu não vou perder os investimentos (do projeto)”, disse o prefeito Nelsinho Trad (PMDB) nesta manhã.

“As reuniões (com a Assetur) vêm de algum tempo, não são de hoje. O que temos visto é a irredutibilidade da empresa”, revelou o diretor-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito), Rudel Trindade.

No entanto, Rudel ressalta que, apesar dos sinais das negociações, a intenção da administração municipal é buscar “uma solução” amigável e que as condições impostas pela Assetur já foram encaminhadas para a procuradoria jurídica, que deve apontar alternativas para o assunto na semana que vem.

O diretor da Agetran comentou que está finalizando os projetos de Campo Grande relativos à mobilidade urbana e que estará amanhã, em Brasília (DF), para agenda nos Ministério das Cidades.

De lá, Rudel pretende trazer um calendário definido sobre os projetos, que vão ser determinantes, segundo ele, para definição do contrato de exploração de serviços do transporte coletivo urbano na Capital. Ele considera ainda que a definição do contrato é fundamental para o andamento do projeto no ministério.

PAC 2 - Na semana passada, Nelsinho foi ao Ministério das Cidades para pleitear R$ 280 milhões em projetos no PAC 2 (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade Urbana. Do total solicitado, R$ 160 milhões são para implantação de 68 km de corredor para o transporte coletivo.

Os projetos selecionados serão anunciados em agosto, provavelmente no dia 26, mas o ministério já exigiu mudanças no transporte coletivo campo-grandense com custo orçado em R$ 40 milhões. Pelos corredores de ônibus, devem circular linhas como Aero Rancho/Centro, Nova Bahia/Centro e Guaicuru/Shopping.

Para atender o Ministério das Cidades, a frota deverá ser ampliada em 30%, além de mais 20 ônibus articulados e todos os veículos com câmera. Segundo o diretor da Agetran cada ônibus articulado custa R$ 800 mil. Já um veículo de tamanho padrão custa de R$ 250 a R$ 300 mil.

Também foi exigido acessibilidade em 100% da frota, que hoje chega a 75% dos veículos. Os ônibus deverão ser dotados de GPS e as empresas deverão disponibilizar informações aos usuários, inclusive, por meio do celular.

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