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Capital

Voluntários denunciam ONG e tentam reverter despejo na Justiça

Michel Faustino | 29/01/2015 19:30
Voluntários reuniram "provas" de que espaço estava abandonado. (Foto: Marcelo Calazans)
Voluntários reuniram "provas" de que espaço estava abandonado. (Foto: Marcelo Calazans)
Silvio afirma que espaço estava sendo mal utilizado e era alugado como moradia. (Foto: Marcelo Calazans)
Silvio afirma que espaço estava sendo mal utilizado e era alugado como moradia. (Foto: Marcelo Calazans)

Voluntários que atuam à frente da Associação Gerando o Progresso, mantenedora do projeto Guerreiros do Amanhã, denunciam a organização não-governamental CRE (Centro de Recuperação Esperança), por diversas irregularidades, entre elas, o aluguel indevido de espaço público e abandono. A ONG é responsável pela ação de despejo que fechou temporariamente às portas do projeto que atendia cerca de 200 crianças e adolescentes com aulas de artes marciais, no bairro Tiradentes, região leste da Capital.

De acordo com Silvio Pinheiro, um dos voluntários, o grupo busca reverter a ordem de despejo na Justiça, e para isso reuniu subsídios, estes que comprovam a idoneidade do projeto, bem como comprovam que o espaço estava sendo mal utilizado e foi “abandonado” pela ONG.

“Nós pegamos aquilo lá (imóvel) totalmente abandonado. Diferente do que foi dito, ali não estava funcionando nada e nós chegamos com algo produtivo para a comunidade. Com o pensamento diferente, com o intuito de passar um ensinamento às crianças que estavam nas ruas, este através do esporte, das artes marciais”, ponderou.

Sílvio afirma ainda que o espaço que possui cerca de 7 mil metros quadrados doado pela Prefeitura em 1982 para o CRE , com objetivo de atender dependentes de álcool e drogas, estava sendo alugado como moradia.

“Nós temos comprovação de que eles (CRE) alugavam para pessoas morarem lá e ficavam com o dinheiro, mesmo sendo uma área cedida pela prefeitura para outros fins”, disse.

Conforme o grupo, às denuncias já estão de posse do MPE (Ministério Público Estadual) e uma nova ação foi protocolada no TJ-MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul), juntamente com um abaixo-assinado com mais de 300 assinaturas de pais e moradores da região, com o objetivo de garantir que o projeto volte a funcionar.

“Todo mundo clama pela volta do projeto. Porque os pais entenderam que alí era uma oportunidade da crianças sair da rua e aprender com o esporte. Temos diversos relatos de mães que falam que os seus filhos melhoraram em todos os sentidos. Melhoraram na convivência, nas notas e em tudo. E o nosso objetivo é ampliar isso oportunizando outras ferramentas de aprendizagem”, disse o voluntário.

Impasse - No dia 14 de janeiro, a Associação Gerando o Progresso obteve liminar para permanecer no local. Na decisão, o juiz da 4ª Vara de Fazenda Pública, Alexandre Ito, afirmou que “mostra-se prudente garantir a manutenção de posse da associação autora no local, a fim de que ela possa dar continuidade ao trabalho social que vem desenvolvendo e que, ao que consta, tem ajudado diversas crianças carentes”.

A liminar foi derrubada pelo TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) no dia 21 de janeiro. Na decisão, o desembargador Vladimir Abreu da Silva afirmou que o centro está impossibilitado de usar o local, justificando o receio de dano irreparável ou de difícil reparação.

No dia 23 de janeiro a Justiça cumpriu mandato de despejo sob protestos de pais e alunos do projeto.

Imagens mostram abandono

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