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Cidades

Com meta de 150 mil de assinaturas, campanha pede lei penal mais rígida

Nícholas Vasconcelos e Mariana Lopes | 14/01/2013 17:52
Puccinelli assinou o abaixo-assinado e pediu para que população também participe (Foto: Luciano Muta)
Puccinelli assinou o abaixo-assinado e pediu para que população também participe (Foto: Luciano Muta)

Lançada hoje em Mato Grosso do Sul a campanha que pede a mudança na lei de crimes hediondos e contra agentes de segurança pública. O objetivo é recolher 150 mil de assinaturas no Estado e 1,5 milhão em todo país.

A proposta é aumentar a pena dos crimes cometidos contra servidores da segurança pública, como policiais federais, rodoviários federais, civis, militares, bombeiros bem como Guardas municipais, Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública e agentes do Sistema Penitenciário no exercício de suas funções ou em razão dela.

A medida também é valida quando o crime é praticado contra cônjuge, parentes, irmão, tio ou sobrinho na intenção de intimidar esse servidor.

Mato Grosso do Sul foi o primeiro Estado a aderir ao movimento, que surgiu em São Paulo. A ideia é que todos os agentes de segurança recolham assinaturas para a mudança da Lei.

O coronel da PM (Polícia Militar) paulista, Sérgio Athayde, elogiou a medida de levar o abaixo-assinado. “Elogio a iniciativa do Estado, mas ao mesmo tempo sinto envergonhado porque venho de um Estado que tem muito mais violência, que tem números altos de policiais sendo mortos, e que não teve uma iniciativa como essa grandeza”, disse.

Representando as vítimas da violência, Rubens Silvestrini disse que algo precisa ser feito para mudar a legislação. “Hoje ele só tenho meu filho numa fotografia. Acordei tarde, mas o brasileiro está começando a reagir. Precisamos de mudança para não termos mais nossos filhos de papel”, desabafou.

Comandante da PM, coronel David, disse que é preciso buscar fim da impunidade. (Foto: Luciano Muta)
Comandante da PM, coronel David, disse que é preciso buscar fim da impunidade. (Foto: Luciano Muta)

Rubens é pai de Breno Silvestrini, 18 anos, morto junto com amigo Leonardo Batista Fernandes, 19 anos, em agosto do ano passado depois de serem rendidos na saída de um bar em Campo Grande. Ele participou da cerimônia acompanhado de Lilian, mãe de Breno, e Ângela, de Leonardo.

A campanha vai recolher assinaturas em todo Estado e no dia 2 de fevereiro um ato público vai pedir a adesão da população.

O comandante da PM, coronel Carlos Alberto David dos Santos, lembrou que a campanha pelo fim da impunidade era dos pais dos universitários e que agora também é da corporação. “Entendemos que é preciso arregaçar as mangas pelo fim da impunidade. Cada vez mais as Leis são brandas para os bandidos”, comentou.

Ele lembrou que a campanha vai buscar mais proteção para família e não só apenas para quem deve proteger a população.
Durante o lançamento da campanha, o governador André Puccinelli (PMDB) defendeu o porte de armas pelos agentes educacionais das Uneis (Unidades Educacionais de Internação). “O agente vai dominar o Maníaco da Cruz que está lá, vai dominar como? Só na conversa? Sou a favor do porte de armas”, disse.

Puccinelli defendeu uma legislação mais rígida contra os bandidos e disse ser favorável à redução da maioridade penal. “É inconcebível que uma pessoa de 16 anos não seja punida pelo aquilo que faz, defendo que seja reduzida para 14 anos”, disparou.

Sobre os jovens Breno e Leonardo, o governador disse ainda que se estivesse na mesma situação iria atrás dos envolvidos. “Se eu tivesse um filho que tivesse morrido dessa forma, sairia em busca do bandido. Hoje não foi um filho nosso, mas amanhã pode ser”, lembrou.

Além do governador, do comandante da PM, participaram da cerimônia no Comando da PM o chefe do Corpo de Bombeiros, Ociel Ortiz, e o secretário-adjunto da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), José Lázaro Pereira.

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