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Cidades

Construtora soma prejuízos de até R$ 7mil com furtos

Redação | 08/01/2008 16:40

Empresas da construção civil em Campo Grande estão acumulando prejuízos por conta de furtos de fios e torneiras em residenciais populares, construídas nos bairros da periferia. Há casos em que os prejuízos chegam a R$ 6 mil, descontado o risco que vigias e trabalhadores vivem diante da presença de bandidos.

O responsável pela VBC Engenharia, Rui Buzanelli, contou que o vigia de um dos empreendimentos que a empresa constrói para a CEF (Caixa Econômica Federal) foi há dias ameaçado por três homens armados com faca. O crime aconteceu no dia 4 de janeiro, em um residencial no bairro Coronel Antonino. Os ladrões levaram os fios durante a noite e, no dia seguinte, a empresa autorizou a retirada da fiação de 164 unidades. "Foi um prejuízo de R$ 5 mil. Estamos amedrontados", explica Buzanelli.

Situação semelhante enfrenta a empresa Delta Engenharia, que já acumula prejuízo médio de R$ 6 mil. Segundo o proprietário, Diego Araújo Nascimento, os furtos são mais comuns em regiões isoladas e, mesmo o reforço da segurança não impede a prática. Ele afirma que o atrativo principal é o cobre.

O engenheiro Antônio Carlos Tiburcio, da CGR Engenaria, revela que há dois tipos de furtos, os de rede de baixa tensão, que abastecem os canteiros e os da rede interna das casas. Para chegar ao material, os bandidos arrombam portas, danificam telhados e pintura, além de quebrar disjuntores e tomadas. Quando a busca é por torneiras, os ladrões quebram lavatórios, canos e revestimentos.

CustosAlém dos gastos para reparar os danos, os empresários precisam gastar com prevenção, e aumentam os investimentos em segurança para evitar prejuízos maiores. Tiburcio conta que depois que seguranças receberam ameaças, a empresa decidiu contratar um serviço especializado, o que reduziu o problema. Ainda assim, os construtores buscam alternativas. Eles explicam que tentam retardar ao limite a instalação dos fios e torneiras para atender os contratos com a CEF, que só aceita receber as unidades completas.

Para os empresários, a busca de soluções próprias é uma alternativa ao serviço policial, do qual a maioria está descrente. "Há 90 dias roubaram um trator e até hoje a polícia não sabe, como vai saber de fios", reclama Buzanelli. Tiburcio explica que todos os furtos e roubos são registrados, só a empresa dele contabilizou oito casos, nenhuma concluída.

Segundo a assessoria de imprensa da Caixa, o problema não é registrado quando o banco assume a responsabilidade pelos imóveis porque é contratada segurança especializada. A Caixa ainda tenta agilizar os sorteios e entrega de imóveis para prevenir danos.

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