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Cidades

"Descontrole" no IPCG foi comunicado à Sejusp há 10 dias

Redação | 24/12/2008 18:08

A transferência de membros do PCC (Primeiro Comando da Capital) para o IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) colocou agentes penitenciários em alerta, preocupação comunicada há cerca de 10 dias pelo sindicato da categoria ao secretário de Justiça e Segurança Pública, Wantuir Jacini.

Na ocasião, os representantes dos agentes alertaram o governo para a possibilidade de conflito na unidade, diante do que classificam de "falta de controle" na triagem dos presos transferidos da Segurança Máxima para o IPCG.

Até o início do segundo semestre, a transferência só era consumada após o levantamento completo do histórico do condenado, com avaliação da ficha disciplinar e confronto com dados sobre a relação com membros do Primeiro Comando da capital. Caso fosse identificada qualquer ligação, o preso era remanejado à Segurança Máxima.

Com a troca de diretores, em outubro passado, esse procedimento foi abandonado, reclama o sindicato.

O Campo Grande News apurou que dois detentos, recentemente transferidos, têm ligações comprovados com o PCC. O mais "perigoso", na avaliação dos agentes, é que ambos foram destacados pela direção do presídio para trabalharem em sistema de "cela livre". São os chamados "correrias", escolhidos para realizarem pequenas tarefas, como comprar produtos na cantina interna da unidade, solicitar consultas médicas, servir de porta-voz dos presos.

Para essas funções, os detentos ganharam direito a acesso livre aos corredores e pavilhões do IPCG. Com a mobilidade garantida, ambos teriam facilidade de articular mobilização como a enfrentada nesta véspera de Natal, com rebelião na unidade.

Todos esses detalhes foram repassados à Secretaria e também a possibilidade de confronto, já que membros do PCC são considerados inimigos dentro do Instituto Penal. Em 2006, rebelião no Dia das Mães foi orquestrada pelo Primeiro Comando na Máxima, mas os internos do Instituto Penal se negaram a aderir.

Desde então, a facção teria colocado como desafio assumir o controle do IPCG e o maior triunfo seria realizar uma rebelião no local.

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