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Cidades

Donos de fazenda dizem que preconceito motivou conflito

Redação | 22/04/2010 15:09

A morte de quatro pessoas na Estância Santa Adélia, em Horqueta, a cerca de 150 km de Ponta Porã, pode ter sido motivada por questões fundiárias e preconceito contra brasileiros, segundo uma das pessoas da família do empresário douradense Jorge Luiz Zanetti, que pediu para não ser identificada.

"Tem uma mágoa desde a Guerra do Paraguai, preconceito contra brasileiros", disse o familiar de Jorge Luiz Zanetti. "Além disso, a Santa Adélia fica próxima a um assentamento, uma vilinha de campesinos, e havia essa expectativa do Lugo (presidente Fernando Lugo) de dar terras".

Ele não soube afirmar se o EPP (Exército do Povo Paraguaio) tem ligação com as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), mas disse que os dois grupos atuam da mesma maneira.

Quatro pessoas foram assassinadas na manhã de quarta-feira, naquela propriedade por membros do EPP. Foram mortos o policial paraguaio Joaquin Aguero, de 25 anos; o capataz da fazenda Santa Adélia, Osmar da Silva Souza; e os funcionários da fazenda vizinha Guarani, Francisco Ramirez e o capataz brasileiro Jair Ravelo, de 35 anos.

Entre os sobreviventes está Lúcio Arce, funcionário da propriedade Santa Adélia, que foi atingido de raspão na cabeça.

A polícia paraguaia reforçou a segurança na região após as mortes. Até agora, ninguém foi preso.

Antes de invadirem a Estância Santa Adélia, os guerrilheiros haviam matado vacas na fazenda Guarani. Foram funcionários da propriedade vizinha que alertaram o capataz da Santa Adélia sobre a invasão.

Os guerrilheiros entraram na Santa Adélia pela reserva legal. Os funcionários foram mortos com tiros de AR 15. A Estância Santa Adélia é de pecuária de corte.

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