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Cidades

Frente fria chega domingo para acabar com seca e estiagem de 36 dias

Ricardo Campos Jr. | 20/08/2015 15:50

Campo Grande completou 33 dias sem chuva nesta quinta-feira (19) e deve permanecer assim até o fim de semana. Dois institutos de previsão meteorológica apontam que a cidade deve ter precipitação no próximo domingo (23). Uma nova frente chegará para atender os anseios da população, que clama por chuva e acabar com a estiagem após 36 dias.

A época de estiagem incomoda a população, que sofre com problemas de saúde, mas que de certa forma já está habituada a enfrentar longos períodos secos durante o ano.

No estado, pelo menos 19 cidades de Mato Grosso do Sul estão há mais de 20 dias sem chuva, segundo informações do Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo, do Clima e dos Recursos Hídricos). Em Paranaíba e Costa Rica, são 41 dias sem precipitação.

Porém, vale lembrar que estava prevista chuva para ontem na Capital, o que não chegou a se confirmar. Conforme o instituto, choveu em Amambai, Bataguassu, Bela Vista, Juti, Ponta Porã, Porto Murtinho, Sete Quedas e Três Lagoas.

Entre soluções caseiras e noites mal dormidas, algumas pessoas já se acostumaram a enfrentar tempo seco em certas épocas do ano no estado e admitem que essa é uma característica da região.

Na família de Luciano, vários estão com problemas em razão do tempo seco (Foto: Fernando Antunes)
Na família de Luciano, vários estão com problemas em razão do tempo seco (Foto: Fernando Antunes)
Veterinário perde pasto em tempo seco, mas ganha na venda de mel (Foto: Fernando Antunes)
Veterinário perde pasto em tempo seco, mas ganha na venda de mel (Foto: Fernando Antunes)

“O cara que vai morar no deserto, se acostuma. O homem não muda a natureza, mas tem que se adaptar. As pessoas, de certa forma, vão se conscientizando”, afirma o veterinário Antônio Lino, 59 anos. Ele tem uma fazenda na zona rural da Capital cujos animais sofrem com a estiagem, principalmente porque o pasto não resiste ao calor e à falta de irrigação.

Porém, perde-se por um lado e se ganha pelo outro. “Eu também crio abelhas em minha propriedade, produzo mel e vendo muito nessa época do ano, é o período que mais se vende o produto por conta das doenças respiratórias”, afirma.

Na família do corretor de imóveis Luciano Amaral, 45 anos, a maioria sente os efeitos do tempo seco. “Problema de garganta lá em casa é direto. Pai, mãe, filho, sobrinho. Para dormir, é só com bacia d’água no quarto ou com umidificador”, relata.

Ele concorda que a população de Campo Grande, apesar de sofrer sempre com a falta de chuva, já está conformada com a situação vivenciada ano após ano. “Nós já estamos com o organismo mais ou menos adaptado. Ruim é para quem é de fora. O sogro do meu irmão veio visitar a família e sentiu a diferença”, completa.

Estiagem atinge Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Ermínio)
Estiagem atinge Mato Grosso do Sul (Foto: Marcos Ermínio)
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