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Cidades

Funcionários do MTE usam caixão em protesto no centro

Redação | 01/12/2009 08:44

Cerca de 20 trabalhadores da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho e Emprego, na rua 13 de Maio, centro de Campo Grande, realizam nesta manhã protesto em frente ao prédio, pela aprovação do Plano de Carreiras da categoria. Bexigas, panfletos, som e até um caixão com fotografias de Lula, Dilma e dos ministros do Trabalho e Emprego e do Planejamento são usados na manifestação.

Integrante da comissão que representa os trabalhadores no movimento, o funcionário público Rui Cavalheiro Barbosa, de 55 anos, explica que o protesto é feito seguindo movimento nacional, como forma de pressionar o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, que amanhã deverá se reunir com o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Luppi, para liberar o plano que reajusta os salários da classe.

Segundo ele, a greve da categoria espalhou-se por 23 estados, mas não teve força em Mato Grosso do Sul para interromper os atendimentos. Mesmo assim, a possibilidade de paralisação no Estado não é descartada.

Hoje, são atendidos na Superintendência pessoas que vieram do interior do Estado, ou quem precisa apenas retirar documentos. Fora isso, as atividades no prédio estão interrompidas.

Rui explica que os trabalhadores reivindicam que os benefícios recebidos pela categoria nos últimos anos, como compensação pela ausência de reajuste, sejam incorporados ao salário base, de cerca de R$ 1.400,00, para que o valor integral seja pago na aposentadoria.

Da maneira como é feito o pagamento, os servidores ganham abonos que não são incorporados e podem ser suspensos a qualquer momento. "A gente não tem garantia nenhuma", reclama a servidora Lucineide Miranda de Souza, de 48 anos.

Além do plano de Carreiras para o Ministério do Trabalho, ela pede reforço no número de servidores. "Ficamos 20 anos sem concurso e no último abriram só cinco vagas. Trabalhamos sobrecarregados", explica.

Outra reclamação é quanto à ausência de reajuste do vale-alimentação, que está em cerca de R$ 120,00 há 15 anos, conta Lucineide.

"O salário não consegue suprir as necessidades que a gente tem", protesta Júlio César Velasquez, de 30 anos, que trabalha no Ministério do Trabalho há mais de dez anos e ganha R$ 1.800,00 ao mês.

Assistência - No caixão em frente ao prédio do MTE, as fotografias representam os políticos velando os trabalhadores, explicam os manifestantes.

Eles dizem que com o salário pago somado à falta de assistência e à sobrecarga de trabalho, os servidores têm tido sérios problemas de saúde, mas como o plano é descontado da folha de pagamento, nem todos têm condições de pagar.

Na semana passada, o servidor Pedro Aiala, de 63 anos, que iria se aposentar em 2010, morreu após contrair uma pneumonia. Como não tinha dinheiro para o plano de saúde, ele teve que ir para um hospital do SUS (Sistema

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