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Cidades

Há 22 anos, família se reúne e joga futebol para homenagear matriarcas

Amanda Bogo | 08/05/2016 13:12
Descendentes de Juca e Jovelina(Foto: Alcides Neto)
Descendentes de Juca e Jovelina(Foto: Alcides Neto)

Uma partida de futebol se tornou tradição das famílias Juca e Martins para comemorar o Dia das Mães. A ideia surgiu há 20 anos como forma de homenagear "tia Juca" e "tia Jovelina". Além do jogo, que tem árbitro federado da FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) e uma taça para o time vencedor, uma grande festa acontece todos os anos. Neste domingo (8), cerca de 130 pessoas participam da comemoração.

Jovelina Gonçalves e Otília Martins, mais conhecida por Juca, eram primas e cunhadas, e sempre foram muito próximas uma da outra. Jovelina faleceu aos 90 anos de falência múltipla dos órgãos. Dona Juca faleceu depois, aos 92 anos de morte natural. Quando a primeira morreu, a família cogitou deixar de fazer o evento. Depois viram que já havia se tornado uma tradição para todos, e que a homenagem deveria continuar.

Paulo e Sebastião são os responsáveis pela tradição da família (Foto: Alcides Neto)
Paulo e Sebastião são os responsáveis pela tradição da família (Foto: Alcides Neto)
Crianças da família admiram taça dada ao time vencedor do jogo(Foto: Alcides Neto)
Crianças da família admiram taça dada ao time vencedor do jogo(Foto: Alcides Neto)

Vendo a proximidade das duas e pensando uma forma de homenagear as mães, os filhos Sebastião Martins e Paulo Pereira idealizaram a reunião de família onde o jogo é o principal atrativo. "A primeira regra é que só pode jogar quem tem o nosso sangue. Filhos, netos e bisnetos. Abrimos para os genros também, aí tem gente que já começa a procurar namorado para filha de três anos, faz falcatrua. Para você ter ideia, minha filha mesmo namora o Neymar", brincou Paulo.

Carlos Hipólito é neto de Jovelina e participa todos os anos da reunião. "Virou uma rivalidade saudável, e os resultados estão empatados. São nove vitórias para cada lado e quatro empates". Segundo ele, a idade para começar a jogar é 15 anos. "Meu filho começou aos 15, hoje ele tem 17 e sempre joga", contou. O jogo é destinado apenas para os homens das famílias. "Teve interesse e surgiu a ideia de cada família montar um time feminino, mas não teve quórum para colocar em campo", explicou.

Quando estavam vivas, Jovelina e Otília eram as responsáveis em dar o ponta pé inicial em cada partidas. Neste ano, quem ficou responsável por abrir o jogo foi dona Alice, irmã de Jovelina. Para Paulo, a homenagem é uma forma de agradecer por tudo que as duas fizeram por suas famílias. "Nossa proposta sempre foi homenagear a grandeza dessas mulheres. Elas colocaram 24 filhos no mundo, hoje já são 250 descendentes. O modo como elas criaram os filhos, no sacrifício, merecia uma homenagem".

Para a neta de dona Juca, Elizete Rodrigues Ferreira, a reunião é importante para manter a união da família. "Eu nem lembro quando começou, faz tanto tempo. Mas virou uma tradição. Acho bacana a união das duas famílias. Elas sempre estavam juntas, é uma homenagem bonita", finalizou.

Alice foi a mãe escolhida para dar o ponta pé inicial neste ano (Foto: Alcides Neto)
Alice foi a mãe escolhida para dar o ponta pé inicial neste ano (Foto: Alcides Neto)
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